O empresário Valdeci Cavalcante, presidente da Fecomércio, afirmou que está confiante na gestão do presidente da República, Michel Temer (PMDB), e defendeu as mudanças que estão sendo implementadas por ele. Valdeci afirma que a população precisa torcer para que a gestão dê certo e a economia melhore.
“Todos nós somos trabalhadores, não existe empresa sem empregado e não existe empregado sem empresa, então os dois precisam andar juntos, batalhando pelo crescimento do país. Todos nós temos que torcer pelo crescimento de qualquer presidente. Se esse governo não der resultado, quem vai pagar somos todos nós. Se a economia estiver boa, todos se darão bem”, afirmou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Valdeci Cavalcante
Para Valdeci Cavalcante, as mudanças que Michel quer fazer, apesar de impopulares, serão positivas para o país. “Estou muito otimista com o governo Temer, pois eu percebo que ele não está preocupado com popularidade. Está preocupado em implantar as leis que embora impopulares são importantíssimas para o país. Por exemplo, a reforma da Previdência é imprescindível, porque senão daqui a alguns dias as pessoas não vão conseguir se aposentar, ou podem até conseguir, mas não vão receber dinheiro. A Reforma Política tem que acontecer, a Tributária e a do Ensino também. Não se justifica em uma país desse, ter de 30 a 40% de evasão escolar. Como é que pode? Tem que haver uma mudança, uma motivação para o aluno. Além disso, os resultados são pífios, os resultados do nosso ensino púbico é lastimável e você observa que o governo está se preocupando com tudo isso”, destacou.
Sobre o Piauí, o empresário acredita que o Estado está perdendo grandes oportunidades pela falta de infraestrutura. Com um grande potencial em minérios e na agricultura, Valdeci Cavalcante afirmou que com os investimentos corretos seria possível superar o atraso do Estado.
“Nós temos necessidade muito grande de obras de infraestrutura. Precisamos urgentemente da Transnordestina, porque temos muitos recursos naturais, principalmente em minérios no Piauí, mas ninguém pode explorar em lombo de caminhão, o transporte tem que ser de trem. As riquezas minerais do Piauí estão principalmente no Sul e estão inexplorados porque não temos transporte e nem estradas. Somos exemplo de produção no Brasil. Daqui a 20 anos o Piauí vai estar produzindo 170 milhões de toneladas de grãos, que é tudo que o Brasil produziu no ano passado. Temos 8 milhões e meio de cerrados inabitáveis e até agora não exploramos nem um milhão. Temos um potencial grandioso e não exploramos porque não temos estradas para escoar a produção. Na Transcerrados os carros estão todos atolados, o transporte é prejudicado. Imagine quantos empregos poderíamos gerar se tivéssemos energia elétrica, estrada de ferro e asfalto. O Piauí tem 40 rios permanentes, mas que estão abandonados, não são bem aproveitados. Temos um atraso de 500 anos. Você vê uma cidade como Parnaíba, não tem um abatedouro oficial, sendo que é a segunda maior cidade do Piauí. São esses tipo de coisa que nos atrasam”, finalizou.
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