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Juiz Édison Rogério anula venda do Jockey Clube do Piauí

A decisão é do dia 15 de janeiro.

O juiz Édison Rogério Leitão Rodrigues julgou parcialmente procedente ação de sócios contra o Jockey Club do Piauí e seu ex-presidente, Raimundo Nerval Campelo Júnior. A decisão é do dia 15 de janeiro.

Segundo os denunciantes, o então gestor, no exercício do seu terceiro mandato, afundou o clube em dívidas, englobando débitos previdenciários e trabalhistas e que quase nos seis anos de gestão nunca ocorreu prestação de contas, ocasionando diversas ações em trâmite na Justiça Estadual.
Imagem: Emanuel VitalJuiz Édison Rogério Leitão Rodrigues(Imagem:Emanuel Vital)Juiz Édison Rogério Leitão Rodrigues
Aduziram ainda que em 25 de abril de 2011 foi convocada uma assembleia Geral extraordinária para deliberar acerca da crise pela qual passava o clube. Na assembleia foi criada uma comissão para apresentar projeto de viabilidade do clube, a qual, segundo alegam, nunca fora convocada para apresentação do tal projeto.

O então presidente, Raimundo Nerval, marcou assembleia para o dia 25 de novembro de 2011 para que a diretoria e sócios decidissem a cerca da possibilidade ou não da venda do clube. A assembleia foi suspensa por decisão da justiça. No entanto, nova assembleia foi marcada para o dia 22 de dezembro de 2011, com o mesmo objetivo da anterior.

Os sócios alegaram ainda que na referida assembleia, decidiu-se pela venda do clube, mas que tal decisão foi resultado de um pleito fraudulento, haja vista que o artigo 70 do Estatuto do Jockey Club determina a necessidade de votação unânime para que haja a venda ou votação de bens imóveis. Ademais, alegam que a "falsa aprovação" para a venda do clube teria se dado pela simples vontade do então presidente e que nem todos os sócios compactuaram com a venda.
Imagem: Divulgação Jockey Clube do Piauí(Imagem:Divulgação) Jockey Clube do Piauí
No dia 30 de dezembro de 2011, o então presidente convocou, sem conhecimento dos sócios, uma reunião com alguns membros da diretoria e representantes das empresas para apresentação de propostas de compra do clube, sendo escolhida a proposta apresentada pelo consórcio formado pelas construtoras Boa Vista Ltda e Elo Engenharia Ltda que alcançou a cifra de 25 milhões de reais. Mas, que em avaliação anterior por Oficial de Justiça e Avaliador o valor do clube totalizava R$ 50 milhões.

O juiz decidiu então declarar nula a assembleia realizada no dia 22 de dezembro de 2011, posto que convocada por diretoria irregularmente eleita e sem poder nenhum, bem como porque foi realizada ao revés de decisão judicial que determinou a suspensão da assembleia anterior com idêntico propósito.

O magistrado declarou ainda nulos todos os atos decorrentes da assembleia, entre os quais se inclui a deliberação acerca da venda da sede do Jockey Club, tornando ineficaz a própria venda como consequência da decisão, restando nulos o contrato de compra e venda e registro do imóvel da sede do clube.

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