Sem ter um local apropriado para a prática esportiva, crianças e jovens do bairro Paroquial, um dos mais populosos e pobres de Picos, todas as tardes improvisam “campos de futebol” no meio da rua e, se arriscam para jogar uma “pelada” em meio ao tráfego de carros, motos e de pedestres.
A aposentada Maria Firmina Ferreira é moradora do bairro Paroquial há 40 anos e mostra-se indignada com a cena em frente a sua casa. Ela diz que os seus sobrinhos e netos são obrigados a jogar bola no meio da rua, em meio à lama e ao lixo que se acumula, por falta de um espaço de lazer apropriado.
“Aqui no bairro tem criança demais e não existe um lugar para elas brincarem, jogarem bola. Gostaria de apelar ao próximo prefeito para construir uma quadra esportiva e também um colégio, pois as escolas ficam longe de casa”, apela Maria Firmina.
Alternativa
Luan Vitor Alves Ferreira tem 12 anos de idade, é aluno do Colégio Timóteo Borges de Aguiar, em Passagem das Pedras, e reside no bairro Boa Vista. Todas as tardes ele se desloca até o Estádio Helvídio Nunes de Barros, no bairro Malva, para jogar bola em uma quadra que existe lá, pois onde mora não existe qualquer área de lazer pública.
O mesmo fazem o adolescente Wanderson de Sousa, 14 anos, estudante do Colégio Landri Salas, e Luís Laelton Fortaleza Lima, 11 anos, aluno do colégio Teresinha Nunes. Os dois residem no bairro Paroquial, mas, devido à falta de espaços também se deslocam todas as tardes para a quadra do Estádio Helvídio Nunes para, jogar bola com outras crianças e adolescentes oriundas dos mais diferentes locais da cidade.
“Gostaria que fosse construída uma quadra esportiva e um colégio em nosso bairro, pois assim não precisaríamos se deslocar para longe de casa para brincar”, reivindica Wanderson.
“Meu sonho é que fosse construída uma quadra esportiva, um colégio e uma praça lá no bairro onde moro. Mas, enquanto isso não é feito, poderiam pelo menos recuperar essa quadra do estádio, que está cheia de mato, de buracos e sem traves”, apelou Luís Laelton.
Quadro preocupante
De acordo com a assistente Social Liana Barbosa o quadro em Picos é preocupante, visto que as quadras esportivas praticamente são todas particulares. Tem o estádio de futebol e alguns clubes, mas esses são particulares, e algumas quadras esportivas localizadas nas escolas.
“Não vejo muitas alternativas para as crianças e jovens de Picos. Acredito que seria interessante o gestor pensar nessa área. Construir espaços de lazer, centros comunitários onde pudéssemos trabalhar não só a questão do esporte, do lazer e do entretenimento, mas também a cultura. Com propostas favoráveis dentro do projeto que envolvesse a criança, o adolescente e o jovem”, sugere Liana Barbosa.
Segundo o professor de Educação Física do IFPI - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus de Picos – Josivaldo Lustosa, a falta de espaço de lazer prejudica o desenvolvimento da juventude.
“Se o poder público não agir colocando mais espaços públicos à disposição da comunidade, nós vamos deixar nossas crianças e jovens ociosos. Se não existe um local adequado para a prática esportiva, eles vão procurar fazer outras coisas e muitas vezes se desviam para o alcoolismo e até mesmo para as drogas”, adverte Josivaldo Lustosa.
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Imagem: José Maria Barros/GP1Crianças improvisam pelada no meio da rua.
A aposentada Maria Firmina Ferreira é moradora do bairro Paroquial há 40 anos e mostra-se indignada com a cena em frente a sua casa. Ela diz que os seus sobrinhos e netos são obrigados a jogar bola no meio da rua, em meio à lama e ao lixo que se acumula, por falta de um espaço de lazer apropriado.
Imagem: José Maria Barros/GP1Meninos jogam bola no meio da rua no bairro Paroquial.
“Aqui no bairro tem criança demais e não existe um lugar para elas brincarem, jogarem bola. Gostaria de apelar ao próximo prefeito para construir uma quadra esportiva e também um colégio, pois as escolas ficam longe de casa”, apela Maria Firmina.
Alternativa
Luan Vitor Alves Ferreira tem 12 anos de idade, é aluno do Colégio Timóteo Borges de Aguiar, em Passagem das Pedras, e reside no bairro Boa Vista. Todas as tardes ele se desloca até o Estádio Helvídio Nunes de Barros, no bairro Malva, para jogar bola em uma quadra que existe lá, pois onde mora não existe qualquer área de lazer pública.
Imagem: José Maria Barros/GP1Crianças jogam em quadra cheia de mato.
O mesmo fazem o adolescente Wanderson de Sousa, 14 anos, estudante do Colégio Landri Salas, e Luís Laelton Fortaleza Lima, 11 anos, aluno do colégio Teresinha Nunes. Os dois residem no bairro Paroquial, mas, devido à falta de espaços também se deslocam todas as tardes para a quadra do Estádio Helvídio Nunes para, jogar bola com outras crianças e adolescentes oriundas dos mais diferentes locais da cidade.
Imagem: José Maria Barros/GP1Crianças jogam em quadra sem traves.
“Gostaria que fosse construída uma quadra esportiva e um colégio em nosso bairro, pois assim não precisaríamos se deslocar para longe de casa para brincar”, reivindica Wanderson.
“Meu sonho é que fosse construída uma quadra esportiva, um colégio e uma praça lá no bairro onde moro. Mas, enquanto isso não é feito, poderiam pelo menos recuperar essa quadra do estádio, que está cheia de mato, de buracos e sem traves”, apelou Luís Laelton.
Quadro preocupante
De acordo com a assistente Social Liana Barbosa o quadro em Picos é preocupante, visto que as quadras esportivas praticamente são todas particulares. Tem o estádio de futebol e alguns clubes, mas esses são particulares, e algumas quadras esportivas localizadas nas escolas.
Imagem: José Maria Barros/GP1Quadra da AABB é privativa.
“Não vejo muitas alternativas para as crianças e jovens de Picos. Acredito que seria interessante o gestor pensar nessa área. Construir espaços de lazer, centros comunitários onde pudéssemos trabalhar não só a questão do esporte, do lazer e do entretenimento, mas também a cultura. Com propostas favoráveis dentro do projeto que envolvesse a criança, o adolescente e o jovem”, sugere Liana Barbosa.
Segundo o professor de Educação Física do IFPI - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus de Picos – Josivaldo Lustosa, a falta de espaço de lazer prejudica o desenvolvimento da juventude.
Imagem: José Maria Barros/GP1Professsor de educação física Frank Rui cobra mais investimentos.
“Se o poder público não agir colocando mais espaços públicos à disposição da comunidade, nós vamos deixar nossas crianças e jovens ociosos. Se não existe um local adequado para a prática esportiva, eles vão procurar fazer outras coisas e muitas vezes se desviam para o alcoolismo e até mesmo para as drogas”, adverte Josivaldo Lustosa.
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