O secretário de Justiça do Piauí, coronel Carlos Augusto , fez um balanço da gestão à frente da Sejus-PI nesta segunda-feira (22), em entrevista ao GP1 , e destacou reformas e construções que o sistema carcerário do estado necessita para adequar o número de presos às vagas. O deputado estadual licenciado afirmou que, até dezembro de 2025, todas as dezessete unidades estarão uniformizadas e com um sistema de segurança mais forte.

Carlos Augusto destacou o desafio do sistema carcerário brasileiro, de focar no viés da ressocialização. Sobre o trabalho que a Secretaria de Justiça do Piauí vem tendo para mudar essa realidade, o secretário afirmou que já é possível apresentar vários resultados, principalmente no que diz respeito à reconstrução das unidades.

Foto: Alef Leão/GP1
Carlos Augusto

“A primeira coisa é que recebemos a missão do governador desde o dia em que ele determinou que o deputado Carlos Augusto assumisse a função de secretário de Justiça. Ele me fez olhar para duas metas do plano de governo dele: adequar o número de presos ao número de vagas dentro do sistema e humanizar os presídios. Nós temos um sistema superlotado, e eu já disse a ele que este é o maior desafio do sistema carcerário do Piauí e do Brasil inteiro. Os presídios, ao longo de décadas no Brasil, foram feitos para serem depósitos de pessoas, para tirar pessoas de circulação. Não foram feitos com o viés de ressocialização. Tem um ano e quatro meses que estou à frente da Sejus e nós já podemos apresentar resultados, principalmente no que diz respeito à reconstrução das unidades e também à ressocialização. Temos a certeza que nós vamos construir um sistema de cumprimento de pena, eu já determinei essa data, até dezembro de 2025, nós vamos tê-lo no Piauí, página virada. Dentro dos presídios, nós vamos, em dezembro de 2025, estar com todas as nossas 17 unidades uniformizadas e com o sistema de segurança mais forte, um protocolo de segurança mais forte, certamente”, destacou o coronel.

Entre as reformas, o secretário destacou a da Colônia Agrícola Major César, construída em 1971, que passa pela primeira reforma significativa. Vários pavilhões já foram abandonados por não terem condições de habitação e estão sendo reconstruídos. Além disso, estão sendo construídas estações de tratamento.

“Eu destaco agora a nova penitenciária Major César de Oliveira. Estamos praticamente em fase de conclusão a reforma da unidade construída em 1971, passando pela primeira reforma significativa. Vários pavilhões já foram abandonados por não terem condições de habitação. Então, nós estamos reconstruindo todos, construindo as estações de tratamento, porque tudo que era produzido de sujeira ia para fossas. Estamos reconstruindo a penitenciária Irmão Vitor. Dia 30 agora, vamos inaugurar o segundo e o terceiro pavilhão, vai ficar faltando apenas um. Estamos concluindo a reforma da penitenciária de Picos. Estamos construindo mais um pavilhão na penitenciária José de Ribamar Leite, a antiga casa de custódia, e estamos fazendo isso praticamente em todas as unidades. Entregamos uma unidade nova já esse ano, que é a penitenciária de Esperantina”, concluiu.