O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), afirmou que o Governo Federal estuda a construção de uma “transnordestina turística” que liga a cidade de Teresina, no Piauí, a Salvador, na Bahia. A informação foi confirmada durante entrevista, na terça-feira (26), ao portal Diário do Nordeste, em que o governador afirmou que a intenção da obra é incentivar o turismo na região, mas que ainda carece de estudos.

Esse transporte de passageiros entre os estados do Nordeste ocorreria em um trem, que percorreria, inclusive, alguns pontos turísticos, como o Delta do Parnaíba. De lá, seguiria pelo litoral até chegar a Salvador. “Todo mundo ganha, e você passaria a trabalhar o turismo não só no Ceará e na Bahia, mas também o turismo no Nordeste brasileiro. Então, seria um baita ganho para todos, em vez de os estados estarem competindo um com o outro”, afirmou Elmano de Freitas.

Foto: Reprodução/Instagram
Governador Elmano de Freitas

A iniciativa, entretanto, está na fase de estudos, especialmente por conta da viabilidade econômica para a construção da “transnordestina turística”. “Um trem só para passageiros precisa de estudo econômico para saber se há demanda, por exemplo, para um trem mais rápido. Porque é um investimento elevado, nenhuma empresa vai fazer isso sem demanda”, alertou o governador do Ceará.

Conforme a entrevista do gestor ao portal Diário do Nordeste, outra alternativa de transporte de passageiros entre os estados nordestinos é a utilização da própria Ferrovia Transnordestina , idealizada inicialmente para o transporte de cargas. Entretanto, Elmano de Freitas não descartou a possibilidade de ela também ser utilizada para levar pessoas por todo o Nordeste.

Foto: Divulgação
Ferrovia Transnordestina

A ferrovia ligará a cidade de Eliseu Martins, no Sul do Piauí, até o Porto do Pecém, no Ceará. “Está em discussão, depois de uma conversa que tivemos lá em Iguatu. A Janja estava com o presidente Lula, contou isso a Lula, e ele, também interessado, falou com o Tufi [presidente da Transnordestina]”, concluiu o gestor.

Entretanto, isso não significa que não haja alguns percalços nessa modalidade, visto que, mesmo com a instalação de vagões para passageiros, o fato de ser um comboio de cargas apresenta uma velocidade máxima de 80 km/h e a necessidade de paradas.