Na disputa pelo Governo do Piauí em 2022, a empresária Gessy Lima (Solidariedade) e a advogada Ravenna Castro (PMN) foram adversárias ferrenhas e protagonizaram, em diversas oportunidades, desentendimentos públicos. Mas como a política é dinâmica, no próximo pleito, as duas estão do mesmo lado.
Com a declaração do apoio de Gessy a pré-candidatura do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva, à Prefeitura de Teresina, a empresária passou a ser 'aliada' de Ravenna que, há semanas, já havia declarado alinhamento com o dirigente da Alepi.
Em entrevista ao GP1 nesta sexta-feira (23), Ravenna Castro, que é presidente regional do PMN no Estado, demonstrou desprendimento e afirmou que perdoa a ex-rival. Para ela, o mais importante neste momento é unir forças para viabilizar o nome de Franzé Silva para o Palácio da Cidade.
“O presidente Franzé tem razão quando diz que não se ganha a prefeitura sozinho. Não se faz política com rancor e não tenho problema com a Gessy. Abençoo ela em nome de Jesus e espero que nos ajude a colocar Franzé na Prefeitura. O que ela fez contra mim na eleição passada, já liberei meu perdão. Se eu também me excedi, peço que perdoe e sigamos a caminhada para que possamos incentivar outras”, declarou Ravenna.
Pacificação.
A presidente regional do PMN reafirmou seu incentivo a participação feminina na política e disse acreditar que Franzé Silva terá papel importante neste processo de pacificação entre elas.
“É uma mulher, política e eu não posso deixar de reconhecer a legitimidade do direito e do papel de incentivo às mulheres como prego ao longo do tempo. Acho que Franzé é até uma peça importante para essa unificação, pacificação e acabar com esse discurso de ódio que não pode prevalecer”, reforçou Ravenna.
Mudar de lado
A advogada ainda focou no direito de Gessy Lima em mudar de posicionamento político, uma vez que, a empresária se mostrava até pouco tempo, contrária ao Governo do PT e defendia o Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ela tem direito de refluir das duas escolhas. Só muda de ideia quem tem ideia para mudar e ele tem direito a se candidatar. Lula se uniu a Alckmin para vencer as eleições. Vamos atrás das adesões que precisarmos e eu continuo com ele [Franzé]. É como se fosse um irmão para mim e não vou questionar, porque sei que estamos lutando por um projeto maior", finalizou Ravenna Castro.
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