Um servidor da Universidade Federal do Piauí (UFPI, identificado como Wesley Geraldo Sampaio da Nóbrega, foi preso na manhã desta quarta-feira (24), acusado de crime de estupro contra uma criança de 12 anos. Ele foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária no local de trabalho, no Departamento de Informática. A prisão foi efetuada pelos policiais da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).
Wesley Geraldo é coordenador de Tecnologia e Informação da UFPI e, segundo a polícia, os estupros começaram quando a vítima, que é afilhada dele, tinha 6 anos.
DPCA
Em entrevista à imprensa, a delegada Lucivânia Vidal relatou que a prisão do acusado foi em decorrência de denúncia relacionada a uma segunda vítima de estupro realizado pelo acusado. “No início do ano a gente recebeu a denúncia de um caso de estupro ocorrido em Picos e após essa denúncia registramos outro Boletim de Ocorrência de outra denúncia ocorrida aqui, em Teresina”, explicou.
O primeiro caso ocorrido em Picos teve como vítima uma sobrinha do acusado. A família registrou boletim de ocorrência contra o servidor da UFPI e logo depois, a Polícia Civil tomou conhecimento de outro estupro, que foi denunciado devido ao contato entre familiares de ambas as vítimas. “Após a primeira vítima fazer o registro de ocorrência, a família dela entrou em contato com a família da segunda vítima, pela proximidade dos dois (padrinho e afilhada) foi então que surgiu a segunda denúncia”, explicou a delegada Lucivânia Vidal.
“A gente instaurou o inquérito [em relação à segunda vítima] e começamos a investigar. Constatamos que o acusado, padrinho da vítima, se aproveitava da oportunidade e da confiança que tinha da família, ele levava, inclusive, a vítima para shopping, para o parque, a família tinha toda uma confiança com ele porque era padrinho. Ele abusava da vítima desde os 6 anos”, pontuou a delegada.
Ainda de acordo com a delegada, após colher as provas foi pedida a prisão dele, que era considerado foragido. “Com as provas robustas representamos pela prisão temporária. Ele era considerado até foragido porque sabendo das investigações ele saiu de Teresina e foi morar em Timon”, ressaltou Lucivânia Vidal.
Utilização do celular
A polícia também está investigando se o acusado chegou a gravar os abusos com o celular. “A vítima disse que ele utilizava o celular e dava até para ela brincar, agora resta saber se ele também filmava, o que ainda não está constatando, mas que também não prejudica a investigação do estupro em si. O aparelho celular foi apreendido”, enfatizou a delegada.
Também não foi descartada a possibilidade de representar pela prisão preventiva do servidor da UFPI. “Eu tenho 30 dias para encerrar o inquérito, mas se eu encontrar algum fato a mais, se eu tiver fundamentos suficientes com certeza vou pedir a preventiva”, garantiu Lucivânia Vidal.
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