Um casal denunciou que sofreu agressões e ataques homofóbicos em um bar localizado na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí. As vítimas, Victor Chaves e Arthur Carvalho, afirmaram que o crime aconteceu na madrugada do dia 30 de setembro. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O acusado foi identificado como M. M. C. Conforme o relato de Victor Chaves ao GP1, o suspeito se incomodou com o fato da namorada estar sentada na mesma mesa do casal gay e começou a proferir ofensas e ameaças.
“Ele começou a me xingar, deu dedo para mim, mandou eu tomar no c*, disse para a namorada dele que ela queria ficar na mesa com um bando de viados, por isso não queria ficar na mesa com ele. Fez gestos obscenos. Eu chamei meu esposo, que estava na área de fumantes, porque fiquei com medo de apanhar. Quando eu o chamei, ele levantou o cigarro e falei que ia apanhar. Meu marido pediu o mínimo de respeito e ele o empurrou no ombro. Foi quando os seguranças entraram e pediram para que o agressor se retirasse do local”, disse.
Minutos depois, o companheiro de Victor Chaves, Arthur Carvalho, voltou para a área de fumantes e o estudante de Medicina o agrediu fisicamente, deixando lesões nas pernas e no braço. "Pensávamos que ele tinha ido embora. Quando meu esposo saiu para fumar, uns 15 minutos depois, o agressor veio e deu um chute nele. Meu esposo caiu desacordado e gravou bastante na cabeça porque a gente nunca passou por isso. Eu fiquei em estado de choque e eu comecei a chorar e a gritar. A namorada do agressor chegou a pedir desculpas e perdão pelo ocorrido. Chegou a polícia e acabou a festa. Fizemos o boletim de ocorrência e realizaram a perícia", continuou.
Após realizar o boletim de ocorrência, Victor disse que, no sábado de manhã, o acusado foi até o IML, juntamente com o seu pai, e tentou coagir o casal para uma conciliação entre as partes. “Depois disso tentaram conversar com a gente para fazer um acordo de paz. Isso não justifica a gente fazer esse acordo, pois estaríamos concordando com o crime de homofobia. Ficamos assustados e com medo”, desabafou.
Ainda segundo Victor, nessa segunda (02), quatro testemunhas foram ouvidas e as imagens do circuito de segurança do bar já estão em posse da polícia. O suspeito cursa o 1º período de medicina na mesma faculdade de Victor, que afirmou ter medo de esbarrar com ele na instituição de ensino.
A Turma 13 de Medicina da Faculdade IESVAP emitiu uma nota de repúdio nas redes sociais acerca do caso acontecido.
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