Carlos Manoel Silva Guimarães, acusado de matar a amante, Kelly Rayane dos Santos Nascimento, com um tiro no rosto no dia 20 de março deste ano, em Teresina, será julgado pelo Tribunal Popular do Júri. A decisão foi dada no dia 02 de agosto pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal.
A magistrada acatou denúncia do Ministério Público do Estado, que o acusou de feminicídio consumado e ressaltou que “a materialidade do delito está comprovada através do laudo que atesta que a vítima teve como causa de sua morte, choque hipovolêmico traumatismo crânio encefálico em consequência de agressão por projétil de arma de fogo. Quanto a autoria do citado fato, há nos autos, indícios que apontam para autoria”. Ela decidiu então decidiu submeter Carlos Manoel Silva Guimarães ao Tribunal Popular do Júri.
A juíza destacou ainda que a “periculosidade do acusado ao meio social está evidenciada empregado no cometimento da já mencionada conduta, de modo a recomendar a manutenção cautelar como medida necessária ao resguardo da ordem pública” e manteve a prisão preventiva de Carlos Manoel Silva Guimarães.
O crime
Kelly Rayane dos Santos Nascimento, de 28 anos, foi assassinada com um disparo de arma de fogo no rosto na madrugada do dia 20 de março, por volta de meia noite, na Rua Professor Artur Furtado, bairro Nova Brasília, zona norte de Teresina.
De acordo com o 9º Batalhão da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), a vítima foi atingida com um disparo de arma de fogo próximo ao maxilar e chegou a ser levada por populares para o Hospital Geral do Buenos Aires, mas já chegou na unidade hospitalar sem vida.
Mulher foi morta enquanto amamentava filho de 11 meses
O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, revelou em entrevista ao GP1 que Kelly Rayane estaria amamentando o filho de 11 meses, quando foi assassinada.
Segundo Barêtta, Kelly Rayane foi assassinada na frente dos dois filhos, um de 4 anos e o outro de apenas 11 meses, este último fruto do relacionamento amoroso que ela mantinha com o acusado.
“Essa moça foi morta atingida por disparo de arma de fogo no interior da sua residência, na frente de dois filhos menores, um de 4 anos e um de 11 meses. Esse de 11 meses é fruto inclusive do relacionamento amoroso com esse indivíduo que tirou a vida dela. Segundo a mãe de Rayane, ela costumava amamentar a criança de 11 meses e na posição que ela estava, provavelmente, ela estaria amamentando a criança quando recebeu o disparo de arma de fogo na cabeça. A jovem ainda foi levada para o hospital, mas já chegou sem vida”, relatou Barêtta.
Prisão
Carlos Manoel foi preso após se apresentar na sede do DHPP dois dias depois do crime.
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