Francisco Diá deixou o Altos e a promessa feita no dia 28 de abril, em sua apresentação, de que levaria 25 jogadores caso caísse ainda não se cumpriu, porém, o técnico não deixou o Jacaré sem falar.
Para o treinador de 66 anos, o principal empecilho para continuidade de seu trabalho e de sua comissão seria o inflado número de atletas no plantel Alviverde, como publicado pelo GP1 Esporte.
“Não tem as mínimas condições de você trabalhar com 26 atletas e ficar 20 de fora esperando, é complicado. A gente pegou um time que não ganhava de ninguém, não ganhou o campeonato e fez dois grandes jogos com o Flamengo, fizemos um bom jogo contra o ABC e perdemos para o Botafogo. Chegamos numa sexta-feira para jogar no sábado, em Teresina, três ou quatro jogadores não puderam atuar, aí complicou. Eu me chateei, entramos num acordo e foi melhor eu sair”, disse Francisco Diá.
Ácido, o treinador completou.
“Tem jogadores que não tem a mínima condição de jogar. Ele inchou muito o plantel, falei com ele, que não queria tirar os jogadores que tem contrato, então resolvemos fazer o acordo e deixar para outro profissional. Pedimos a saída de 10 ou 12 jogadores para diminuir o elenco, ele não aceitou”, reiterou o agora ex-técnico do Altos. No último treino, antes do confronto com o Atlético-CE, um grupo de atletas realizou atividade separada dos demais, no clube da ANSEF.
Balanço
Com a grande quantidade de partidas a serem disputadas, Francisco Diá se viu na mesma condição que os outros três técnicos que passaram pelo Altos: pouco tempo para treinamento, longas viagens e elenco cansado. Sob o comando o norte-riograndense, a equipe fez cinco partidas, duas delas, contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. Apesar da saída, Diá avalia seu período como positivo.
“Não tive uma semana cheia para treinar o clube, cheguei com dois dias trabalhei a parte tática e fui para o jogo. O time fez um grande jogo contra o ABC, dois bons jogos com o Flamengo. Contra o Atlético já tivemos que usar time reserva e foi aí que complicou. Praticamente se eu for falar mesmo, a derrota que eu tive aí foi a derrota contra o Botafogo-PB, porque essa derrota a gente entrou praticamente com cinco ou seis reservas pois o time estava desgastado demais, não tinha nem a mínima condição de jogo você chegar na sexta-feira para jogar no sábado após um jogo daqueles, é complicado”, disse Diá.
O Jacaré agora tem um novo comandante, o quinto, no quinto mês do ano e Fernando Tonet terá a dura missão de resgatar o time, que está na zona de rebaixamento da Série C do Campeonato Brasileiro, com apenas três pontos. Neste fim de semana, o primeiro desafio: o Jacaré encara o forte Mirassol, líder da competição, no domingo (22), às 11h, fora de casa.
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