Um falso policial militar do Maranhão identificado como Lucas Alan Caminha de Oliveira, foi preso na tarde desta segunda-feira (04), durante uma ação do 12º Distrito Policial, acusado de se passar por PM para fazer cobranças e ameaçar o proprietário de um restaurante localizado no bairro Jóquei, zona leste de Teresina.
De acordo com o delegado Ademar Canabrava, titular do 12º DP, na mesma ação um homem identificado como Washington Ferreira de Carvalho Sampaio também foi preso. O delegado explicou que o dono do restaurante registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia, dando conta que estava sendo ameaçado em razão de uma cobrança de seu ex-sócio.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Lucas Alan Caminha de Oliveira e Washington Ferreira de Carvalho Sampaio
“Hoje por volta de 12h, o dono de um restaurante compareceu à delegacia se dizendo vítima de ameaça por um indivíduo, que foi até sua residência ameaçá-lo. Ele deu um prazo que ele tinha que quitar um débito e hoje seria o último dia. Então ele marcou com ele para ir ao restaurante hoje pela tarde, após o Boletim de Ocorrência. Por volta de 16h30, os dois compareceram ao restaurante e nós já estávamos lá na esquina esperando. Quando eles desceram do veículo e adentraram ao restaurante nós os abordamos e esse, que se diz ser policial militar, utilizava um simulacro de arma”, disse Canabrava.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Simulacro de arma de fogo
O delegado ressaltou que logo em seguida o próprio suspeito afirmou não se tratar de um PM. “Como nós percebemos que não era uma arma, logo em seguida ele disse que não era policial. A carteira funcional ele tinha conseguido através de um amigo. O outro se dizia ser ex-vereador de Novo Oriente do Piauí. Ele é o líder, o dono das cobranças e fazia as ameaças. Ele disse inclusive que outro policial iria e na ocasião não foi possível ir, mas eu acredito que há mais pessoas como ele fazendo cobranças e ameaçando as pessoas”, explicou o delegado Canabrava.
Como se davam as cobranças
“Há um desentendimento entre os sócios [do restaurante], na verdade, um deles até já se desvinculou do restaurante e começou essa confusão toda. Ele ia cobrar [o atual proprietário] e parece que não estava dando certo. Foi então que ele contratou esses indivíduos para fazer essa cobrança, achou que seria melhor com essas ameaças, mas não foi”, ressaltou o delegado Ademar Canabrava.
Com o falso policial militar foram encontrados quatro cartões de crédito que a Polícia Civil acredita ser produto ilícito, pois neles constavam o mesmo nome que estava na carteira funcional da Polícia Militar do Maranhão, que era falsa. Em razão disso ele responderá pelos crimes de ameaça e exercício arbitrário, e porte de documento falso.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Delegado Canabrava
O ex-sócio, apontado como a pessoa responsável por contratá-los para fazer as cobranças, será notificado pelo delegado Ademar Canabrava para esclarecer a situação. “Foi citado o nome dele, vamos notificá-lo para que preste depoimento e a gente veja os esclarecimentos dele, no sentido de mandar esses indivíduos cobrarem e ameaçarem, o que deve ser feito somente pela Justiça”, finalizou.
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