O governador Wellington Dias (PT) inaugurou na manhã desta terça-feira (26) a nova sede da Comunidade Terapêutica Feminina da Casa de Ester, localizada no sítio Caneleiro, na zona rural de Teresina. Essa comunidade faz o tratamento apenas de mulheres e é a primeira do Piauí a atender crianças. O público alvo é de jovens de 9 a 18 anos.
O local atende moradores do Piauí e de cidades vizinhas a Teresina, como Timon. O tempo de atendimento é de um ano e para ingressar é preciso ser indicado por meio de órgãos da área, como o Conselho Tutelar, Ministério Público, Cras, ou pelos familiares.
O governador afirmou que essa novidade no tratamento será acompanhada de perto pela sua gestão. “A Casa de Ester se destaca entre as 38 unidades que temos credenciadas pelo Estado, e o que me encanta é que cuida de mulheres, de crianças, adolescentes, que são dependentes de alguma droga, porque é um desafio muito grande. Infelizmente a droga já chega a atingir crianças e há essa carência. Mesmo nesse momento de grandes dificuldades estamos credenciando mais sete novas unidades. São quase 6 mil pessoas que já passaram ou estão nessa área de tratamento e só peço que Deus possa abençoar essas pessoas e nesse caso o estado vai acompanhar com uma parceria especial”, afirmou.
"Nós apostamos na prevenção. Temos essa batalha e ás vezes tem uma sensação de enxugar gelo. Devo dizer que no Brasil, o sentimento de batalha perdida, é por causa das fronteiras. O Brasil não tem mais tanta produção, embora seja um país que contribua para mistura da droga. É um desafio que a gente vive. É um negócio muito organizado e no Piauí acredito que temos de 30 a 40 mil dependentes no Piauí”, disse.
Célio Barbosa, presidente da Federação Norte Nordeste de Comunidades Terapêuticas (FENNOCT) afirmou que esse é um grande avanço do Piauí. "Essa é uma luta muito grande, de nos organizar, mas o estado está indo em um rumo diferente do resto do país. Enquanto o governo federal corta os recursos nessa área e diminui as vagas de atendimento, o nosso estado está crescendo na política antidrogas. Antes da Cendrogas [Coordenadoria de Enfrentamento as Drogas] tínhamos um pouco mais de 100 vagas e hoje já chegamos a 600, então queremos continuar com essas políticas”, ressaltou.
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