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Matias Olímpio - Piauí

Cabo Antônio Claudevando acusa prefeito Fogoió de perseguição

"Ele nem votar em mim votou, trabalhava como serviço prestado e se não tiver trabalhando direito tem que botar pra fora”, justificou o prefeito.

O comandante do Grupamento de Policiamento Militar de Matias Olímpio, que também é dentista, conhecido como cabo Antônio Claudevando, denunciou ao GP1, na manhã desta quarta-feira (07), que o prefeito Edísio Alves Maia, mais conhecido como 'Fogoió', o demitiu da função de dentista, após ele ter dado cumprimento a um mandado de prisão preventiva em desfavor de José Carlos Gonçalves de Farias.

De acordo com o cabo da PM, ele tomou conhecimento que seria demitido ainda na noite de ontem (06), pois uma pessoa o informou sobre as pretensões do prefeito. “Foi em decorrência da prisão de ontem, o rapaz que prendi é filho de um amigo do Fogoió. Uma pessoa me informou que o prefeito iria me demitir e hoje (07), quando cheguei na Secretaria de Saúde, o secretário me informou que o gestor havia ligado para ele, mandando me demitir. Eu liguei para o prefeito e ele falou que não dava para trabalharmos juntos. E eu disse para ele que não tinha como eu deixar de fazer a minha atribuição”, contou o cabo.


Entenda o caso

José Carlos Gonçalves de Farias, vulgo “Zé Carlos da Aroeiras”, de 41 anos, foi preso na terça-feira (06), por volta das 13h, após policiais darem cumprimento a um mandado de prisão preventiva que estava em aberto em desfavor dele. A prisão foi realizada no povoado Aroeiras, zona rural de Matias Olímpio.

Conforme dados que constam no mandado de prisão, Zé Carlos da Aroeiras tem envolvimento na prática de roubo qualificado no norte do estado do Piauí, com prováveis ramificações no estado do Maranhão, além dos crimes de associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.

Outro lado

O prefeito Fogoió, Edísio Alves Maia, disse na manhã dessa quarta-feira (07) ao GP1, que a motivação da exoneração não foi a prisão e confessou que conhece o criminoso. O prefeito ainda alegou que o dentista do município não votou nele. “Não foi por causa disso. Foi porque ele estava criando problema dentro da Secretaria, estava se achando demais como policial, não foi por causa de prisão, pois eu não dou cobertura a bandido. O rapaz que foi preso é conterrâneo nosso, ele é meu conhecido. Esse dentista nem votar em mim ele votou, trabalhava como serviço prestado e se não tiver trabalhando direito tem que botar pra fora”, justificou o prefeito.

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