A Polícia Civil de Picos, através do delegado Jonatas Brasil, vai pedir nos próximos a prisão preventiva do empresário e promotor de eventos Ewerton Rios, após confessar ter assediado uma criança de 11 anos. Ele é investigado por crimes de pedofilia e de exploração sexual de crianças e adolescentes, utilizando sua empresa de modelos. Além da criança de 11 anos, outros menores podem ter sido vítimas do empresário.
Segundo o delegado Jonatas Brasil, da Delegacia Regional de Picos, para pedir novamente a prisão preventiva, que foi negada pelo juiz, nesta quarta-feira (21), é preciso aguardar o laudo da perícia dos celulares do empresário. “Na casa dele foram apreendidos aparelhos eletrônicos e o celular dele, que vai passar por perícia. Só depois que sair o laudo, que vai investigar as conversas é que vou poder fazer outro pedido de prisão”, disse.
Segundo informações da Polícia, Ewerton pedia ao menor de 11 anos fotos de suas partes íntimas e em posições eróticas, e em troca oferecia beneficios em concursos de modelos.
- Foto: Facebook/Ewerton RiosEwerton Rios
O delegado afirmou ainda que durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, realizado nesta quarta, foi constatado que o local onde o promotor afirmou ser a sede da sua empresa de modelos, na verdade, não pertence a ele. “Foram dois mandados de busca, sendo um na casa dele e outro na sede da empresa que, na verdade, é uma empresa terceirizada que apenas prestava serviços de fotografia”, disse.
Em depoimento, o empresário confessou o crime contra uma criança de 11 anos. Segundo as investigações, ele pode ter feito ainda outras vítimas, utilizando a agência de modelo para aliciar os menores. O delegado está aguardando o depoimento dessas supostas vítimas. A investigação ainda aponta que o empresário utilizava a agência para aliciar garotos para outras pessoas.
O delegado regional de Picos confirmou que o crime de exploração sexual também está sendo investigado, mas preferiu não dar detalhes para não atrapalhar as investigações.
A polícia está apurando também a existência de uma rede de exploração sexual na região. “O alvo, a princípio, era somente ele, mas a gente tem informações de que há uma rede de exploração de meninas aqui, de exploração sexual, inclusive com [participação de] empresários, pessoas envolvidas com a política e temos que nos aprofundar nessa investigação”, finalizou.
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