O prefeito de Cocal, Rubens Vieira, atendendo recomendação administrativa do Ministério Público do Estado do Piauí decidiu suspender o contrato e o repasse financeiro para oito empresas alvos da Operação Escamoteamento deflagrada no dia 7 de abril deste ano.
Foram suspensos contratos com as empresas: Premium Construções e Locações Eireli, Imediata Construções e Serviços Eireli, Boa Esperança Empreendimentos e Serviços Eireli, Fontenele Construções e Empreendimentos Eireli, F Z Construções e Serviços Eireli Ltda, A M Construções e Serviços Ltda, Delmar Construções Eireli e R N Construções e Perfurações de Poços Ltda.
- Foto: Divulgação/AscomRubens Vieira
Ainda de acordo com a prefeitura medidas estão sendo tomadas para restabelecer a prestação dos serviços essenciais suspensos em virtude da medida adotada.
Entenda o caso
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), TCU, CGU e TCE deflagrou a operação Escamoteamento que teve como objetivo cumprir mandados de prisão e condução coercitiva de donos de empresas atuantes no Norte do estado do Piauí e empresas do Ceará que atuam nas cidades de Cocal, Buriti dos Lopes e outras.
As empresas investigadas fechavam contratos para realização de serviços, obras de construção com valores exorbitantes sem a devida prestação do serviço para os quais foram contratadas.Os crimes cometidos pelos investigados são de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e fraude em licitaçoes.
De acordo com o promotor Sinobilino Pinheiro, foram desviados, apenas do município de Cocal em 2015, o valor de R$ 18.189.644,35 (dezoito milhões, cento e oitenta nove mil, seiscentos e quarenta e quatro reais e trinta e cinco centavos). “Na investigação ficou confirmado que 16 empresas estavam contratando com o município de Cocal, todas voltadas a fraudar licitações, sagrando-se vencedoras nos certames licitatórios para desviar recursos públicos do município”, explicou.
No Piauí, foram realizadas 35 conduções coercitivas de supostos “laranjas” no esquema, além de cumprimentos de mandados de busca e apreensão na câmara municipal e na prefeitura do município.
Ver todos os comentários | 0 |