O GP1 recebeu, na última quinta-feira (02), denúncia contra o Hospital de Terapia Intesiva (HTI) antiga Casamater. O hospital é acusado de não pagar as rescisões de mais de 100 ex-funcionários que foram demitidos em dezembro do ano passado.
Segundo a denunciante, que preferiu não se identificar, ela trabalhava no HTI da zona norte da Capital e, em agosto de 2016, o hospital fechou e todos os funcionários foram transferidos para a unidade da zona sul (antiga Casamater).
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 HTI Teresina de Teresina Piauí
“Em dezembro houve uma demissão em massa por conta do excesso de funcionários, foram mais de 100 funcionários, mas o hospital não pagou as rescisões, ninguém conseguiu dar entrada no seguro-desemprego. E para completar, eles estavam fazendo o desconto na folha do FGTS e não estavam repassando para a Caixa Econômica Federal. No meu caso, eu ia fazer quase dois anos e quando fui à Caixa pra saber quanto que tinha no FGTS pra sacar me informaram que não tinha nenhum depósito, porque eles não fizeram”, relatou.
O caso já está no Ministério Público do Trabalho: “A denúncia já foi feita no MPT, e só depois disso é que eles devolveram as carteiras de trabalho, porque eles não queriam dar nem as carteiras”, contou.
Questionada se a empresa deu alguma explicação sobre o caso, a denunciante afirmou que somente na última semana de janeiro de 2017 ela recebeu um retorno: “A gerente dos Recursos Humanos me chamou e alegou que é por conta de problemas com os planos de saúde, que eles não conseguiram cumprir o compromisso de pagar as pessoas. Só que independente disso, a partir do momento que eles se dispõem a realizar esse tanto de demissão, eles já deviam ter se organizado porque tem prazo, e se eles fizeram isso então agiram de má fé”, concluiu.
Outro lado
Procurada pelo GP1, a assessoria de comunicação do HTI informou que a diretoria entraria em contato para dar os esclarecimentos, o que não aconteceu até a publicação da matéria.
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