A poucos dias de iniciar o ano letivo na rede estadual de ensino do Piauí e com as ameaças de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), e do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) no Estado, o Secretário de Administração, Franzé Silva, afirmou que na área da educação, o Piauí é o único estado no país que desde 2015 está cumprindo com o piso nacional do magistério e pagando o salário em dia.
Em entrevista ao GP1, o secretário contou que não sabe o porquê dessa possível greve dos professores. “Vamos dialogar, a nossa visão sempre está aberto para dialogo, e mostrar a realidade. Vamos começar pela educação, eles estão reivindicando o piso nacional, em 2015 nenhum estado cumpriu o piso exceto o Piauí, em 2016 nenhum estado cumpriu, exceto o Piauí e em 2017 ninguém vai cumprir, só o Piauí. Então eles [Sinte] estão fazendo greve no estado que está cumprindo a aplicação do piso de forma linear, e os estados que não estão pagando o piso nacional, [a categoria] não estão fazendo greve. Então precisamos dialogar para entender qual é a sistemática dessa ameaça de greve”, disse.
- Foto: Lucas Dias/GP1Franzé Silva
Na última reunião entre o Sinte e a Secretaria de Educação (Seduc) para tratar sobre o reajuste, a proposta apresentada pelo Governo foi de parcelamento do piso em duas parcelas sendo 4% em janeiro e 3,64% em julho. A presidente do Sinte, professora Odeni Silva, foi taxativa ao afirmar: “Não aceitamos parcelamento, queremos o reajuste de 7,64% em parcela única, ou então a categoria poderá decidir por uma greve até atenda as reivindicações da categoria”.
A categoria dos professores alega que é possível o reajuste do piso em parcela única já que o governo do estado recebeu repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o também repasse da repatriação.
Franzé, explica que o dinheiro da repatriação foi destinado para investimentos em outras áreas e que o repasse do Fundeb não é suficiente para ser pago de forma única. “O dinheiro da repatriação foi para investimentos, e o dinheiro da Fundeb não contempla o suficiente para pagar de forma única, seria atrasar salário. O que eles querem? A aplicação de forma única e atrasar o salário ou quer que o estado pague [parcelado] e continue sendo o único estado a pagar em dia dentro das possibilidades que o estado pode. Mas vamos conversar para entender o problema. E as outras categorias da mesma forma o estado não funciona para pagar somente os servidores, o estado funciona para segurança, para saúde, para nos dar serviços. Então o estado ele tem que está mostrando para o cidadão a capacidade de pagar o pessoal e nós não temos nenhuma dificuldade de mostrar isso, mostrar com números, com realidade porque a população do Piauí financia o estado e que ver o estado funcionando”, concluiu.
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