Dezenas de moradores do Morro da AABB, em Picos, reuniram-se na noite de ontem, 13, para fortalecer a luta contra o fechamento da escola municipal Nossa Senhora Aparecida. A unidade funciona no bairro há alguns anos e está sendo ameaçada de fechamento por parte da Secretaria Municipal da Educação.
A reunião foi realizada na própria escola e contou com a presença de um número expressivo de moradores, a maioria pais de alunos preocupados com a possibilidade de fechamento da unidade.
Além dos moradores, também marcaram presença o Padre Sebastião Santos e os vereadores Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB) e Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PTB), ambos da base de apoio à administração municipal. Também participou do debate Antônio Afonso Santos Guimarães Júnior, o Afonsinho (PP), da bancada de oposição.
Apesar de convidados através de ofícios protocolados, nem o prefeito de Picos, Padre José Walmir de Lima (PT), e nem a secretária municipal de Educação, Maria Rosilene Monteiro, compareceram. Foi à terceira reunião realizada pela comunidade do Morro da AABB para tratar sobre o fechamento da escola em que os dois gestores, embora convidados, não compareceram.
Discussão
A reunião foi conduzida pela líder do movimento contra o fechamento da unidade, Nailza Carvalho, que é mãe de um menino de cinco anos aluno da escola municipal Nossa Senhora Aparecida. Inicialmente, ela lamentou a ausência do prefeito, Padre Walmir (PT) e da secretária de Educação, Rosilene Monteiro e garantiu que a comunidade não vai se calar diante de medida tão absurda.
“Estamos defendendo o nosso bairro! Se a escola fechar muitos alunos ficarão sem estudar, pois existem mães que têm quatro filhos e não tem como tirar daqui e levar para outro local. Se for disponibilizado transporte, as crianças terão que atravessar a BR, o que é um risco para a própria segurança deles” – alertou a líder do movimento.
Segundo Nailza Carvalho, a secretária de Educação está tomando essa decisão que os moradores lamentam, mas alerta que a comunidade vai resistir. “Se for preciso nós faremos manifestações em frente à sede da Prefeitura e também acionaremos o Ministério Público” – anunciou.
Por enquanto, já existe um abaixo assinado com mais de 280 assinaturas somente dos moradores do bairro Morro da AABB. Segundo Nailza Carvalho, se a secretária de Educação, Rosilene Monteiro, insistir na ideia de fechar a escola, a comunidade não ficará calada, irá para as ruas protestar.
Lamentou
Presente ao debate, o Padre Sebastião Santos, pároco da Paróquia de São Francisco de Assis, no Junco, lamentou a ausência do prefeito, Padre Walmir, e da secretária municipal de Educação, Rosilene Monteiro.
“Estamos aqui para apoiá-los, pois achamos que uma escola na comunidade é de fundamental importância para o desenvolvimento educacional das crianças” – destacou Padre Sebastião.
Como as matrículas da rede municipal de ensino só terminam em 20 de janeiro, a comunidade do Morro da AABB marcou uma nova reunião para o próximo dia 24 de janeiro. Caso a secretária de Educação mantenha a medida de fechar a escola, os moradores prometem recorrer ao Ministério Público, além de promoverem uma série de manifestações de protestos pelas ruas da cidade.
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