A Polícia Civil do Piauí , através da Delegacia dos Direitos Humanos, abriu inquérito para investigar denúncia de discriminação contra o Colégio Conexão, situado no bairro Piçarra, em Teresina. A investigação foi aberta no dia 3 de fevereiro deste ano, pela delegada Syglia Samuelle Brito de Silva .
O inquérito visa apurar o relato de uma mãe de que foi impedida de realizar a matrícula do seu filho, uma criança autista de 8 anos, no Colégio Conexão . Segundo a denunciante, no dia 21 de janeiro de 2025 ela foi atendida por duas funcionárias da escola para fazer a matrícula do filho, mas que ao informar que a criança era diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), houve a recusa das atendentes da instituição de ensino.
Em depoimento, a mãe afirmou que, ao chegar à instituição e manifestar interesse em matricular o filho no Colégio Conexão, foi atendida normalmente. Uma das funcionárias chegou a lhe mostrar o fardamento dos alunos e a explicar a didática utilizada em sala de aula, o que a fez acreditar que havia vagas disponíveis.
Mas o comportamento mudou assim que ela disse à atendente que o filho era autista. A partir daí, a funcionária comunicou que não poderia efetuar a matrícula da criança, porque a escola estava aguardando a rematrícula de alunos veteranos para saber a quantidade de vagas que seriam ofertadas. A declaração foi reforçada por outra funcionária.
No entanto, a mãe relatou que, em 13 de dezembro de 2024, após a data em que esteve na escola, a instituição publicou em suas redes sociais um anúncio informando a abertura do período de matrículas. Diante disso, ela decidiu procurar a polícia, que agora investiga o caso.
Outro lado
O GP1 entrou em contato com o Colégio Conexão, que informou que encaminharia a demanda ao setor jurídico. No entanto, até o momento desta publicação, a escola não se manifestou. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.