A Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 27/2025, de autoria da Prefeitura de Teresina , que concede reajuste de 6,5% ao magistério da capital piauiense. A correção é linear e, portanto, estende-se aos professores, pedagogos da ativa e aposentados da categoria. Foram 20 votos favoráveis e apenas um contrário.

O vereador João Pereira (PT) foi o único a votar contrariamente à matéria dos que estavam presentes na sessão. Durante a sessão, ele defendeu maior diálogo com a categoria dos professores, que, por meio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM), solicita reajuste de 22,07%.

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Câmara Municipal aprovou reajuste linear de 6,5% aos professores de Teresin; o vereador João Pereira (PT) foi o único a votar contrariamente à matéria

Posicionamento do líder do prefeito

O vereador Bruno Vilarinho (PRD), líder do prefeito na Câmara, defendeu a gestão muncipal. "Eu estive reunido com o secretário de Educação e com o secretário de Governo para discutir esse reajuste enviado à Câmara. É um reajuste maior do que o dado pelo Governo Federal [de 6,27%], então o prefeito Sílvio Mendes continua mostrando que valoriza os servidores da Educação. Essa discussão de valores é feita dentro das secretarias e a gente sabe que existe a Lei de Responsabilidade Fiscal e que fala de gasto com pessoal dentro dos órgãos dos poderes públicos", afirmou Vilarinho.

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Bruno Vilarinho, vereador de Teresina e líder do prefeito na Câmara

O que diz o SINDSERM

Após aprovação do reajuste na Câmara, o SINDSERM suspendeu a greve dos professores municipais. Sinésio Soares, coordenador-geral do sindicato, afirmou que levará a pauta ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) .

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Sinésio Soares, coordenador-geral do SINDSERM, após suspensão da greve dos professores de Teresina

"Tivemos um cenário de terror no qual o vereador Enzo Samuel [presidente da Câmara] colocou os projetos em supervelocidade [para votação]. Há também o problema de inimigos internos, financiados pelo secretário Kleber Montezuma [da Fundação Wall Ferraz] dentro da nossa própria diretoria. Vamos retomar a luta, denunciando esse reajuste ilegal no Tribunal de Contas do Estado e nos fortalecendo para retomar a greve em outro momento", avaliou Sinésio Soares.