O juiz Ronaldo Paiva Nunes Marreiros , da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, pronunciou Valmir Feitosa dos Santos para ir a Júri Popular pelo assassinato da ex-esposa, Liana Linhares Lopes, com 21 golpes de faca na frente dos filhos do casal, no dia 27 de novembro de 2023, na casa onde residiam no bairro Parque Vitória, zona sul de Teresina.

Na sentença de 30 de agosto deste ano, Valmir foi pronunciado por homicídio qualificado (motivo torpe; meio cruel; uso de recurso que dificultou a defesa da vítima; e feminicídio).

Foto: Reprodução
Valmir Feitosa dos Santos e Liana Linhares Lopes

Denúncia

Conforme a denúncia, recebida no dia 18 de janeiro de 2024, Valmir e Liana mantiveram um relacionamento amoroso por 13 anos e, juntos, tiveram três filhos. O relacionamento, porém, foi permeado por diversos episódios de violência praticados pelo réu contra a vítima.

Já na noite do crime, por volta das 22h, Valmir desferiu 21 golpes de faca em sua ex-companheira, que morreu em decorrência das lesões.

Aduz a denúncia ainda que o crime teria sido motivado pela recusa do acusado em se conformar com o fim do relacionamento com a vítima. Ele foi preso em flagrante no dia seguinte.

Medida protetiva

Narram as informações ainda que a vítima, Liana Linhares Lopes, tinha medida protetiva de urgência contra o ex-companheiro, Valdemir Feitosa dos Santos, concedida no dia 12 de junho de 2023, pelo juiz Virgílio Madeira Martins Filho, do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Teresina.

Ameaças contra a ex-esposa

De acordo com o relato do irmão da mulher assassinada para os agentes da Polícia Civil do Piauí, Liana e Valmir foram casados por cerca de 13 anos e tiveram três filhos, uma garota de 11 anos de idade, que testemunhou o crime, outra menina de 6 anos e um menino de 4 anos. Entretanto, o casal estava divorciado a contragosto do homem há cerca de 5 meses, porque ele teria abusando do vício em drogas.

Ainda segundo o depoimento do irmão da vítima, como Valmir Ferreira não aceitava a separação, ele fazia ameaças contra Liana, afirmando que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. As ameaças motivaram a mulher a registrar Boletim de Ocorrência contra o ex-marido e pedir medida protetiva contra ele.