O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ( GAECO ), deflagrou nesta terça-feira (6) a segunda fase da Operação Volt, no Litoral do Piauí. Objetivo da ação é desarticular um esquema de desvio de recursos na Prefeitura de Cajueiro da Praia, administrada pelo prefeito Felipe Ribeiro (PT).

A operação visa cumprir nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia. Um dos alvos foi uma empresa responsável pela iluminação pública de Cajueiro.

Foto: Divulgação/MP-PI
Equipe do Gaeco

Segundo o Ministério Público, está sendo investigada a prática dos crimes de fraude à licitação, peculato-desvio, corrupção ativa e corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Foto: Divulgação/MP-PI
Operação teve apoio das forças de segurança

A segunda fase da Operação Volt conta com o apoio da Polícia Civil do Piauí, Polícia Militar do Piauí e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).

Prefeitura se manifesta

Em nota, a Prefeitura de Cajueiro da Praia afirmou não possuir mais vínculo com a empresa de iluminação pública. “Desde fevereiro de 2024, prestou todas as informações ao Tribunal de Contas do Estado a respeito desta relação contratual, reafirmando seu compromisso com as boas práticas da administração pública”, diz trecho do pronunciamento.

Leia a nota da prefeitura na íntegra:

A Prefeitura de Cajueiro da Praia vem informar que não possui vínculo com a empresa de iluminação pública alvo da busca e operação desde janeiro de 2024. Desde fevereiro de 2024, prestou todas as informações ao Tribunal de Contas do Estado a respeito desta relação contratual, reafirmando seu compromisso com as boas práticas da administração pública, sendo que continuará colaborando com os órgãos de controle a respeito do caso, estando à disposição para cooperar integralmente com as investigações.

Esclarece que os autos do caso ainda não foram disponibilizados, não havendo qualquer denúncia formalizada contra o atual gestor do Município, sendo prematura qualquer afirmação, principalmente por parte de quem tem o dever de acusar, sobre um caso que está em fase de investigação e que trata de situações ocorridas há muito tempo, sem que haja conhecimento de nenhuma prova concreta de qualquer ilegalidade, sendo incomum a demora dos órgãos responsáveis para agir, a respeito de uma situação de 2022, escolhendo este momento prévio às eleições municipais para a realização da operação, de forma que prestará maiores informações sobre o caso após a disponibilização dos autos.

Por fim, informa ter havido diversas ilegalidades perpetradas pelas autoridades responsáveis pelos procedimentos executados nesta data e que todos serão levados às instâncias devidas.