O governador Rafael Fonteles defendeu a redução da emissão de gás carbônico durante a plenária do Plano Clima Participativo, que aconteceu na tarde desta sexta-feira (2) no Centro de Convenções de Teresina (CCT) e reuniu ministros da equipe do presidente Lula. Este é o terceiro de oito encontros presenciais promovidos pelo Governo Federal com o intuito de engajar a sociedade civil no envio de propostas voltadas à elaboração de estratégia que vai guiar a política climática do país até 2035. Em Teresina, o tema foi o bioma Caatinga, que só existe dentro do território brasileiro.

Conforme explica o governador Rafael Fonteles, o Plano Clima tem a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que coloca a população para contribuir com o Governo Federal. "O Plano Clima recebe as contribuições da sociedade civil a partir de plenárias territoriais em todos os estados praticamente, ou pelo menos em todos os biomas, e Teresina foi escolhida para receber a plenária territorial do bioma Caatinga, que é um bioma importantíssimo para o Nordeste, único no mundo, e que tem as suas especificidades. A gente pôde fazer aqui um apanhado de como o Piauí tem evoluído na redução dos gases de efeito estufa, gás e carbono, principalmente, demonstrando que nós estamos no caminho certo", afirma.

Foto: Divulgação/ Ascom
Governador Rafael Fonteles defende redução do carbono em plenária do Clima

Presente no evento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, explica que a mudança do clima precisa ser entendida pela população. "Desta forma, a população pode participar com propostas e preservar o que é implementado. Portanto, o presidente Lula fez questão que a Secretaria Geral da Presidência se preocupasse com a participação social. Não dá para desmatar mais a caatinga, a mata atlântica. É preciso parar. Nosso compromisso é o desmatamento zero", revela.

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, também marcou presença na plenária e explica que o aumento de 1,5° da temperatura trouxe consequências e que existe o comprometimento do Brasil para conter o avanço do chamado efeito estufa. "O fato é que, quando a gente pega lá da primeira fase da industrialização para cá, nós tivemos um aumento da temperatura que não podia ter acontecido, e isso desequilibrou o planeta. É preciso contribuir para que o ser humano tenha chance no planeta terra", considera.

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A plenária do Plano Clima Participativo do Governo Federal aconteceu nesta sexta-feira

Márcio Macêdo, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, também esteve em Teresina para a plenária e explica que o presidente Lula determinou que o governo fizesse o Plano Clima para enfrentar as consequências das mudanças climáticas. "Foi um compromisso que ele assumiu na COP [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas]. Então, nós estamos fazendo isso com a equipe do Governo Federal, liderado pelo Ministério do Meio Ambiente", apontou o ministro.

Propostas piauienses

As consultas acontecem de forma digital, através da plataforma do Governo Federal, ou de forma presencial, durante as plenárias. Francisco Sousa, do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), apresentou o plano de estimular a produção de árvores nativas e frutíferas. "Fortalece a questão ambiental e produz alimento, além de gerar renda para as famílias camponesas", considera.

Também presente no evento, Joseilson Costa, da Central de Movimentos Populares (CMP), apresentou uma proposta que une religiões de matrizes africanas e meio ambiente. "Nossa proposta é a criação de parques onde as religiões possam fazer oferendas de forma adequada, preservando o meio ambiente", aponta.

Já Carla da Mata, do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, defende o bioma caatinga. "Estamos propondo que o governo tenha a preocupação na implantação de parques eólicos e solares", ressalta.

Sobre o Plano Clima

A elaboração do Plano Clima é conduzida pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), integrado por representantes de 22 ministérios, pela Rede Clima e pelo Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, e tem dois pilares principais: a redução das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação de cidades e ambientes naturais às mudanças do clima.

O lançamento do ciclo de plenárias foi em Brasília na última terça-feira, 30 de julho. Na quinta-feira, 1° de agosto, o tema foi o Sistema Costeiro-Marinho, em Recife. Depois da Caatinga, em Teresina (PI), os próximos serão: Amazônia, em Macapá (AP); Cerrado, em Imperatriz (MA); Pantanal, em Campo Grande (MS); Mata Atlântica, em São Paulo (SP); e Pampa, em Porto Alegre (RS).