O candidato a prefeito de Teresina pelo Partido dos Trabalhadores, Fábio Novo , negou nesta quinta-feira (29), por meio de sua assessoria de comunicação, que tenha sido intimado na Operação Front Stage, deflagrada pela Polícia Federal no Piauí contra desvio de recursos públicos nos anos de 2020 e 2021 , na Secretaria de Cultura do Piauí, durante o Governo Wellington Dias.
Ao GP1 , o candidato destacou, através da assessoria, que não tem conhecimento do teor das investigações e que não foi citado, nem intimado a se manifestar por parte da Polícia Federal. Ainda conforme a equipe de comunicação, Fábio Novo permanece à disposição para esclarecimentos e pontuou que, quando esteve à frente da Secult, possuiu um legado de obras.
“Fábio não tem conhecimento do teor das investigações. Não foi citado nem intimado para se manifestar sobre nenhum fato. Sua gestão na Secult foi marcada por um grande legado de obras e serviços em prol da cultura do Estado do Piauí e, caso seja necessário, estará à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários”, informou a assessoria.
Operação Front Stage
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29), a Operação Front Stage, contra desvio de recursos públicos nos anos de 2020 e 2021, na Secretaria de Cultura do Piauí, durante o Governo Wellington Dias e na gestão dos secretários Carlos Anchieta e Fábio Novo. A ação tem o objetivo de combater crimes contra Administração Pública e crimes de lavagem de dinheiro, resultantes de favorecimento, por agentes públicos, a pessoas jurídicas agraciadas em editais culturais, promovidos em 2020 pela Secult e custeados com recursos da Lei Aldir Blanc.
A ação contou com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e de cerca de 25 policiais federais e dois auditores da CGU/PI para cumprir seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Floriano. Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Investigação
Segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início após denúncia. Durante as diligências promovidas pela PF e a CGU foi possível identificar vínculos e transações financeiras entre as pessoas jurídicas supostamente favorecidas e agentes públicos da referida Secretaria, sendo que um deles apresentou evolução patrimonial incompatível com os seus rendimentos em período posterior à realização dos mencionados editais culturais.
Além disso, algumas transações identificadas apresentam indícios de que parte dos recursos foi repassada a pessoas físicas e jurídicas com características de laranjas e empresas de fachada, a fim de promover a lavagem de dinheiro. No total, as pessoas jurídicas investigadas receberam R$ 1,67 milhão em premiações custeadas com recursos da Lei Aldir Blanc.