O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa ( DHPP ) prendeu, na manhã desta segunda-feira (8), uma jovem identificada como Maria Clara Sousa Nunes Bezerra , suspeita de participar do assassinato de Silvana Rodrigues de Sousa, que foi torturada e teve o corpo esquartejado após ser morta, na zona sudeste de Teresina no mês passado.
Maria Clara, 25 anos, foi presa na Vila da Guia, mesma região onde ocorreu o crime. O mandado de prisão temporária foi cumprido pela equipe do delegado Bruno Ursulino, responsável pela investigação do caso.
O delegado Bruno Ursulino informou que Maria Clara foi a mandante do crime e também participou da execução. Ela, de acordo com a polícia, atua como “disciplina” da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região da Vila da Guia. “Segundo as investigações da nossa equipe, ela foi a mandante, bem como foi uma das executoras. Provas extremamente concretas já estão arroladas junto aos autos que colocam ela no local exatamente no momento em que a Silvana foi morta”, disse.
Suspeita atraiu vítima para o local do crime
Ainda conforme o delegado do DHPP, Maria Clara atraiu Silvana até a casa onde aconteceu a execução. “O que nós sabemos, segundo os elementos de informação do inquérito, é que Maria Clara teria chamado a Silvana para fazer um programa”, revelou.
Tribunal do Crime
Segundo o delegado Bruno Ursulino, Silvana foi vítima do Tribunal do Crime do PCC, por suspeita de estar vazando informações para o Bonde dos 40, facção rival. O requinte de crueldade aplicado pelos criminosos reforça a tese do DHPP.
“Os suspeitos que realizaram assassinado brutal contra ela acreditavam que a Silvana seria uma espécie de infiltrada lá dentro da região pelo fato de ela manter relações com pessoas que são ligadas a uma facção rival, e a partir dessa suspeita eles chamaram a Silvana para esse local, através dessa emboscada, e lá determinaram esse castigo”, detalhou.
Silvana foi morta por enforcamento com uma corda, que o DHPP encontrou no local do crime. “Existem sinais de que ela teria sido enforcada, muito possivelmente com uma corda, que inclusive foi recolhida junto ao local e posteriormente foi esquartejada”, completou Bruno Ursulino.