Em conversa com o GP1 , o vereador de Teresina, Paulo Lopes (União Brasil), listou uma série de fatores para o enfraquecimento do PSDB na capital. Para ele, que permaneceu na sigla tucana por quase 30 anos, a desidratação começou nas eleições municipais de 2020. Naquela ocasião, o grupo apostou em Kleber Montezuma e perdeu.

“Tivemos uma série de fatores. Nós tivemos, por exemplo, as eleições de 2020 em que apresentamos um candidato aqui na cidade, mas infelizmente criaram um personagem aqui na cidade, esse personagem ganhou as eleições e nós [do PSDB] perdemos a eleição de prefeito aqui na nossa capital. Digo que isso já enfraqueceu um pouco, porque já houve várias saídas do partido naquele momento. Depois, nas eleições de 2022 para o Governo do Estado, apresentamos também um candidato e perdemos novamente a eleição e isso enfraqueceu ainda mais. E [mais recentemente] a investida do Governo, com toda a sua estrutura em cima dos membros de nosso partido e de outros partidos da oposição, isso fez com que o PSDB perdesse musculatura. Hoje, o que sobrou de bom está com Sílvio Mendes ”, afirmou Paulo Lopes.

Foto: Lucas Dias/GP1
Paulo Lopes, vereador de Teresina pelo União Brasil

Paulo Lopes aproveitou para esclarecer novamente sua saída do PSDB, após não vislumbrar uma montagem de chapa adequada durante a janela partidária de 2024.

“Fico triste [pelo que acontece com o PSDB], até porque eu fiquei até o último dia da janela partidária tentando fazer com que fosse viabilizada uma chapa proporcional do PSDB junto com o Cidadania, mas infelizmente percebemos que não haveria condições de formar essa chapa por várias divisões, inclusive da direção estadual que não estava mais conosco. Vendo essa insegurança e dificuldade de formação de chapa, nós fomos para o União Brasil.