O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas ( DRACO ), encerrou a Operação DRACO 138 com dez presos, todos eles, integrantes da facção criminosa Bonde dos 40. Entre os alvos da ação deflagrada na manhã desta terça-feira (16), em Teresina, estão os suspeitos de envolvimento em uma sessão do Tribunal do Crime que resultou no assassinato de Anderson Rodrigues de Sousa, crime ocorrido em abril , no conjunto Frei Damião.

Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, um dos presos é Guilherme de Paiva Andrade e Silva, vulgo “Muriçoca”, apontado como disciplina do Bonde dos 40 na região do bairro Renascença. Ele, que foi preso em um apartamento, é acusado de presidir a sessão do Tribunal do Crime em que foi decretada a morte de Anderson Rodrigues, que seria membro da facção rival Primeiro Comando da Capital (PCC).

“O indivíduo de vulgo Muriçoca exerce o papel de disciplina do Bonde dos 40. Nesse apartamento funcionou alguns atos de tribunal do crime, entre eles, o julgamento de uma pessoa de nome Anderson, ele foi julgado no final de abril nesse imóvel, essa vítima pertencia à facção criminosa Primeiro Comando da Capital, eles identificaram ele em uma festa, conduziram essa vítima até o apartamento e vários indivíduos, entre eles, esses quatro que foram presos hoje, participaram do julgamento e condenaram o Anderson à morte, que foi executado em um local lá próximo”, detalhou o delegado.

Quartel-general do crime

Ainda segundo o coordenador do DRACO, o apartamento mencionado funcionava como uma espécie de quartel-general daquele núcleo do Bonde dos 40.

“Esse apartamento servia exclusivamente para pontos de encontro desses indivíduos vinculados a essa facção criminosa. Os próprios presos relataram que quem arcava com o aluguel era a própria facção Bonde dos 40. Então lá funcionava como se fosse um QG, ponto de reuniões de membros da facção, onde eles organizavam e orquestravam diversos crimes. Além disso, também era um ponto de venda de entorpecentes”, completou o delegado Charles Pessoa.