O Ministério Público do Piauí, por meio do promotor Adriano Fontenele Santos , denunciou três membros da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, invasão de domicílio e promoção ou constituição de organização criminosa . Os denunciados são David Gabriel Xavier Amarante, José Rian Campos Pereira e Bruno Galeno da Silva, apontados como responsáveis pela execução de Paulo Gabriel da Costa Silva , que foi morto com mais de 20 tiros em Luís Correia, Litoral do Estado.
A denúncia foi encaminhada ao judiciário piauiense no último dia 05 de maio deste ano. O inquérito policial, que resultou no indiciamento dos três suspeitos, foi concluído pelo delegado João Filipe de Araújo Sampaio Leite, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa e Repressão e Combate ao Tráfico de Drogas de Luís Correia, no dia 21 de abril. As informações foram baseadas em depoimentos de M.A. da S.O. ( adolescente vítima de tentativa de homicídio pelos faccionados ) e outras testemunhas, além de detalhes colhidos durante a investigação.
Entenda o crime
O crime aconteceu no dia 12 de março de 2024, quando os indiciados invadiram a residência onde Paulo Gabriel e um adolescente, identificado pelas iniciais M.A. da S.O., estavam. Segundo a investigação da Polícia Civil, David Xavier atirou em Paulo Gabriel, enquanto José Rian tentou matar o adolescente, que sobreviveu. Bruno Galeno ficou na porta da casa, armado, para dar cobertura aos comparsas.
Testemunhas relataram à Polícia Militar que os homens armados chegaram ao imóvel onde a vítima estava, localizado na Rua Josefa Venância dos Santos, afirmando serem policiais , e quando Paulo Gabriel se aproximou da porta foi surpreendido com vários tiros, à queima-roupa.
O adolescente, que se tornou a principal testemunha do caso , afirmou em depoimento que os criminosos foram até o local com a intenção de matá-lo, devido a uma rivalidade com seu irmão, Marcos Vinicius, que está preso. Ele revelou que já vinha recebendo ameaças e que sua casa já havia sido alvo de disparos por membros da facção.
Além das ameaças ao adolescente, a investigação revelou que Paulo Gabriel também estava sendo coagido pela facção , sendo pressionado a se juntar ao grupo criminoso e a cometer homicídios sob pena de ser morto, caso negasse . Por não ceder às pressões, Paulo Gabriel passou a ser considerado inimigo da GDE e foi executado.