O Ministério Público do Piauí denunciou à Justiça o motorista de aplicativo Filipe do Valle Prado, 30 anos, pelos crimes de lesão corporal grave, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo, de uso permitido. Ele foi preso no último dia 20 de maio, acusado de espancar a namorada por 6 horas dentro de um motel na zona sul de Teresina.

O entendimento da promotoria foi diferente da Polícia Civil que indiciou o acusado por tentativa de feminicídio, diante do vasto material comprobatório angariado durante o inquérito policial, presidido pela delegada Nathália Figueiredo.

Foto: Reprodução/Facebook
Filipe do Valle Prado

“O promotor não entendeu pelo feminicídio, mas pela lesão corporal grave, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, porque durante a extração do celular, foram analisadas imagens e encontradas imagens da arma em que ele, em determinado período de tempo, disse que que tinha uma arma. Não que essa arma estivesse com ele no dia do fato, ele teria essa arma em momento anterior, no entanto, o promotor entendeu pela posse ilegal de arma de fogo”, explicou a delegada Nathália Figueiredo.

Entenda o caso

O motorista de aplicativo Filipe do Valle Prado, 30 anos, foi preso no dia 20 de maio de 2024, acusado de espancar a namorada por 6 horas em um motel na zona sul de Teresina. O crime ocorreu no dia 11 de maio.

A investigação policial, capitaneada pela delegada Nathalia Figueiredo, contatou que depois de ser levada à força, da frente do condomínio onde morava, Filipe Prado a colocou dentro do carro e, logo em seguida, deu entrada em motel, na zona sul da Capital, onde ocorreram as agressões.

“Eles deram entrada no motel por volta de 8h da manhã do sábado e a vítima ficou cerca de seis horas nesse motel, sofrendo as agressões. Ela gritava tanto que chamou até mesmo a atenção de funcionários do estabelecimento e de clientes, mas ninguém realizou o acionamento da Polícia Militar. Quando foi por volta das 15 horas, do sábado, um dos familiares recebeu a ligação dele, porque ele não tinha dinheiro para pagar e a vítima não conseguia ter acesso ao aplicativo”, relatou a delegada Nathália Figueiredo.

Após apuração dos fatos, a autoridade policial representou pela prisão preventiva de Filipe do Valle Prado, que foi determinada e a medida foi cumprida por duas vezes. Na primeira vez, no dia 17 de maio, porém, o juiz do plantão da audiência de custódia, Antônio Lopes de Oliveira, determinou sua soltura.

Já no dia 20, após repercussão negativa do caso, o juiz que havia determinando a primeira prisão determinou, novamente, sua prisão preventiva, que foi cumprida no dia 20 de maio e, desde então, ele permanece preso.