A Polícia Militar do Piauí , através da Força Tática do 8º BPM, em parceria com o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), prenderam na noite dessa terça-feira (11), Francisco Vitor Campelo da Silva , 18 anos, acusado de matar o skatista Bruno Kawan, de 15 anos, em janeiro deste ano, na zona sudeste de Teresina.

Em entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (12), o delegado Bruno Ursulino explicou que Bruno Kawan foi morto por engano. “Segundo testemunhas, foi ele [Francisco Vitor] que chegou procurando pela vítima e que teria efetuado os disparos contra ela. Inclusive, uma testemunha relatou que anteriormente, ele teria ido atrás, junto com o comparsa, da pessoa que de fato ele queria matar, e por essa razão foi possível a sua identificação”, afirmou.

Foto: Divulgação/PM-PI
Polícia prende acusado de matar skatista por engano em Teresina

Conforme Bruno Ursulino, a vítima tinha o mesmo apelido do alvo do autor do crime, o que causou a tragédia. “Tanto a pessoa que eles queriam matar quanto a vítima, que de fato morreu, sustentavam o apelido de ‘de menor’ que é bem comum entre os menores de idade que têm correlação com o crime mesmo que seja apenas no aspecto de usuários de drogas”, pontuou o delegado.

“O que motivou essa morte foi a questão dessa briga entre as facções que tentam determinar suas ações de acordo com a localidade lá na região. Alguns moram em uma região diversa e eles acabam criando esse contexto de rivalidade”, declarou Bruno Ursulino.

Foto: Lucas Dias/GP1
Delegado Bruno Ursulino

Contudo, o delegado enfatizou que Bruno Kawan não possuía envolvimento com o crime, era apenas usuário de drogas. “O que a gente sabe a respeito da vítima é que ela era usuária de drogas, mas que não tinha um envolvimento maior com o crime, enquanto que a pessoa que eles queriam matar de fato realizava assaltos, era usuária de drogas e pertencia de uma forma mais ativa ao mundo do crime”, afirmou.

Os outros envolvidos na morte de Bruno, Vitor Gabriel Pereira da Silva e Frankland Corte dos Santos, foram presos em maio durante operação do DENARC. “Todos já se encontram todos presos, o caso está devidamente aqui findado, o que cabe agora a nossa equipe é pedir a conversão da prisão temporária em preventiva e relatar o caso”, concluiu Bruno Ursulino.