Os partidos União Brasil, Republicanos e Progressistas, representados pelos seus respectivos presidentes, Marcos Elvas, Jeová Alencar e Joel Rodrigues, acionaram o Ministério Público Federal (MPF) contra o pré-candidato a prefeito de Teresina pelo PT, Fábio Novo , e o presidente do Agir e pré-candidato a vereador, Gustavo Henrique Feijó . Os dois são acusados de praticarem abuso de poder político e econômico com finalidade eleitoral.
A notícia de fato foi protocolada junto à Procuradoria-Regional Eleitoral, nesta quarta-feira (12), pela advogada Ívilla Araújo, representando os três partidos que integram o grupo encabeçado pelo pré-candidato Sílvio Mendes (União Brasil).
“Os investigados passaram a colocar em prática o modus operandi escolhido para influenciar o voto e vencer às eleições 2024 - consistente na condenável compra ilícita de apoio político envolvendo candidatos/lideranças de partidos do candidato opositor Silvio Mendes”, consta na notícia de fato.
Advogada explica denúncia
Segundo a advogada Ívilla Araújo, ao menos pré-candidatos do grupo de Sílvio Mendes, notadamente lideranças políticas em Teresina, receberam propostas financeiras altas para migrarem para apoiar Fábio Novo.
“Hoje os pré-candidatos se sentem coagidos e ameaçados até de estarem circulando perante a sociedade apresentando suas pré-candidaturas, porque estão se sentindo inseguros diante da repercussão da divulgação que eles fizeram”, disse a representante jurídica dos partidos.
Entre as lideranças está o pré-candidato Chico Pança que, conforme à denúncia, recebeu proposta da parte de Gustavo Henrique. O caso veio à tona após o vazamento de áudios da conversa entre os dois, material já divulgado pelo GP1 .
“A gente fez uma notícia de fato junto ao Ministério Público, para que encaminhem ao promotor responsável pela análise da documentação referente a todos os áudios e todos os relatos que foram feitos pelos pré-candidatos, que estão se sentindo cooptados e coagidos a migrar o apoio político em troca de recompensa financeira, bem como, em troca de favores e cargos na prospecção de um futuro governo”, ressaltou Ívilla Araújo.
Na notícia de fato, a advogada do União Brasil, Republicanos e Progressistas pede que o Ministério Público Eleitoral instaure procedimento preparatório eleitoral para que os fatos noticiados sejam apurados e, sendo proposta uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que haja a cassação do registro e/ou diploma da chapa eleitoral composta por Fábio Novo e Gustavo Henrique.
Outro lado
O GP1 tentou contato com os pré-candidatos Fábio Novo e Gustavo Henrique, mas as ligações não foram atendidas, nem as mensagens respondidas. O espaço está aberto para esclarecimentos.