A Polícia Civil do Piauí indiciou, no dia 2 de março, o modelo Iure Gilson Martins Portela pelos crimes de receptação e falsificação de documento particular. Ele já responde pelo crime de tráfico de drogas, e foi preso no dia 29 de fevereiro em Teresina, durante a 13ª fase da Operação Interditados .

Iure Portela foi indiciado pelo delegado Filipe Bonavides, da Superintendência de Operações Integradas (SOI). O modelo é acusado de ter adquirido um celular iPhone objeto de furto, tendo falsificado a nota fiscal do aparelho para apresentar às autoridades.

Foto: Reprodução/Facebook
Iure Gilson Martins Portela foi preso pela DEPRE

As investigações iniciaram em setembro de 2022, após o proprietário do aparelho registrar Boletim de Ocorrência denunciando o furto do celular. O iPhone foi furtado no dia 14 de setembro daquele ano, na cidade de Campo Maior, quando criminosos quebraram o vidro do carro da vítima e subtraíram o objeto.

Após algumas diligências, a polícia identificou, no dia 6 de fevereiro deste ano, que o iPhone estava em posse de Iure Portela, que foi intimado e informou ter adquirido o aparelho por meio de um site de compras na internet. Na ocasião, ele não apresentou o celular, nem a nota fiscal. O modelo foi novamente intimado e compareceu mais uma vez à delegacia no dia 7 de fevereiro, desta vez, levando o celular para devolução e uma nota fiscal. Entretanto, o documento apresentado, de acordo com a polícia, era falso.

“A referida nota fiscal não possui validade, pois após consulta no site oficial, constatou-se diversos dados que não correspondiam com a realidade, considerando que a principal constatação da falsidade foi a data de emissão posterior à data fornecida na via física apresentada pelo investigado”, conata no relatório do inquérito.

As autoridades ressaltam que o investigado não forneceu informações concretas sobre a origem do aparelho, dessa forma, a equipe passou a analisar a nota fiscal apresentada, sendo possível identificar os indícios de falsificação. A referida nota estava em nome de uma mulher que reside no Estado do Amazonas, que, na verdade, também foi uma vítima, tendo seus dados utilizados irregularmente.

Mediante as informações levantadas no bojo no inquérito, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de Iure Portela, e, com autorização da Justiça, cumpriu o mandado em desfavor do modelo.

Indiciamento

Com o fim da investigação, a polícia decidiu indiciar o investigado pelos crimes de receptação e falsificação de documento particular.

“Fica evidente através dos depoimentos relatados e do Relatório de Missão anexado que Iure Gilson Martins Portela está falsificando documentos particulares e praticando o crime de receptação. Não obstante, foram demonstrados elementos suficientes de autoria e materialidade em face do investigado, preenchendo os requisitos necessários para o indiciamento”, concluiu o delegado Filipe Bonavides.

Acusação de tráfico

Iure Portela foi preso no dia 26 de abril do ano passado, acusado de fornecer drogas sintéticas que eram distribuídas em festas realizadas em Teresina. A prisão se deu no âmbito da Operação Sintéticos, deflagrada pela extinta Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE), atual DENARC.

O modelo foi solto no dia 14 de junho, e passou a cumprir medidas cautelares, entre elas, a utilização de tornozeleira eletrônica.