O estudante João Lucas Campelo , 16 anos, que foi baleado pela ex-namorada L. M. G. L., 17 anos, no Colégio CPI , na última quarta-feira (04), será transferido do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para um hospital particular na capital, para a realização de um procedimento cirúrgico. A previsão é que ele deixe o HUT ainda nesta sexta-feira (06).
A informação foi confirmada por Carlos Magno, irmão do adolescente. Segundo ele, João Lucas apresentou evolução satisfatória nas últimas horas, embora seu estado de saúde ainda seja delicado. Ele segue sob sedativos que poderão ser reduzidos à medida em que o quadro melhore. “O corpo dele está reagindo bem, os riscos diminuíram, ele está ficando estável, mas ele vai ser transferido para realização de uma cirurgia que não é feita no HUT, somente na Medimagem”, pontuou.
Carlos Magno ressaltou que qualquer informação sobre possíveis sequelas somente poderão ser admitidas, após o procedimento cirúrgico. “Só vai ser possível saber, depois que ele passar pela cirurgia, que ele for se recuperando. Por enquanto, não temos como afirmar qualquer coisa, se ele vai ficar paraplégico, tetraplégico [...]”, acrescentou Carlos Magno.
Entenda o caso
O adolescente João Lucas Campelo de 16 anos, sofreu uma tentativa de homicídio na manhã dessa quarta-feira (04) dentro do Colégio CPI. A acusada trata-se da ex-namorada, L. M. G., de 17 anos, que não aceitou o fim do relacionamento e levou a arma do pai para escola e efetuou um tiro no rosto do estudante.
De acordo com a Polícia Civil, a acusada entrou na escola com uma pistola 9mm de seu pai, que é sargento da Polícia Militar do Piauí, e uma faca dentro da mochila. Por volta de 7h40, os dois alunos iniciaram uma conversa no refeitório do colégio e, nesse momento, a estudante efetuou um único disparo no rosto de João Lucas Campelo, que caiu no chão.
Logo depois, a adolescente deixou a arma para trás e saiu da escola, como explicou o delegado Tales Gomes. “Ela saiu do colégio, entrou em uma farmácia de manipulação, chegou para um dos funcionários e disse: ‘acabei de matar um amigo meu do colégio, chame a polícia’. O rapaz disse que ela tinha que informar alguém da escola e chamar o Samu, e ela falou: ‘eu matei ele e ele merecia morrer’, e saiu da farmácia”, detalhou o delegado.
A adolescente foi contida por funcionários da escola nas proximidades do 25º Batalhão de Caçadores e foi encaminhada a Central de Flagrantes e posteriormente a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde está apreendida.