A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí prendeu, na tarde desta quinta-feira (19), os sargentos Clenilson Vieira de Oliveira , Carlos Alberto Vieira de Carvalho e Valdir Vieira da Costa , acusado de envolvimento na morte do caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto durante perseguição policial na zona sul de Teresina, no dia 11 de novembro.

O GP1 apurou que os policiais, lotados no 6º Batalhão da PM, foram presos na Ceasa, quando estavam em serviço. A prisão preventiva dos sargentos foi decretada pelo juiz Antônio Lopes de Oliveira , da Vara Militar do Estado do Piauí.

Foto: Reprodução/WhatsApp
Francisco Pereira morreu após ser baleado

Na decisão, o magistrado determinou que os policiais sejam recolhidos ao Presídio da Polícia Militar do Estado do Piauí, com o objetivo de evitar qualquer influência dos investigados no curso das apurações.

No pedido de prisão, o promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira relatou que os policiais estavam em perseguição a dois assaltantes na rua Ivan Tito de Oliveira, no bairro Lourival Parente, quando efetuaram disparos de arma de fogo. Um dos suspeitos foi atingido, socorrido e preso, entretanto, Francisco Pereira, que descarregava um caminhão, também foi atingido por um tiro no abdômen. Veja o vídeo:

Francisco Pereira foi levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo familiares, os policiais não prestaram socorro após o disparo. Além disso, de acordo com a família, a Polícia Militar não ofereceu nenhum apoio à viúva e aos quatro filhos da vítima.

O que diz a defesa dos policiais

Em nota, o advogado Otoniel Bisneto, que representa a defesa dos sargentos, classificou as prisões como “excesso urídico sem precedentes”, porque o inquérito ainda está em andamento. Leia a nota na íntegra:

A defesa dos policiais informa que a decretação da prisão preventiva é um excesso jurídico sem precedentes, primeiro porque o inquérito policial ainda está em andamento, e segundo, porque não existem provas de que os policiais foram coagir a suposta vítima. O que se sabe é que o tiro que tirou a vida do caminhoneiro foi lateralizado e possivelmente havia uma terceira pessoa no local, sendo que é muito estranho que o empresário não entregou as imagens que podem mostrar o verdadeiro autor do disparo que tirou a vida do motorista. Talvez a precipitação do empresário em fazer uma acusação tão grave mereça a devida investigação sobre as razões pelas quais ele esperou tanto tempo para fazer uma denúncia com essa gravidade contra os policiais. Ao que se sabe, quem pediu as imagens foi o comandante do Batalhão. Tudo será esclarecido no devido tempo.