A digital influencer Yrla Lima , presa durante a Operação Jogo Sujo II, deflagrada pela Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), publicou um vídeo no Instagram nessa quinta-feira (21), divulgando uma nova plataforma de jogo de azar, com a promessa de obtenção de lucro. Ela, bem como os demais alvos da Operação Jogo Sujo II estão impedidos, por força de decisão da Justiça, de se utilizarem do Instagram para promoção de jogos de azar.

No vídeo, Yrla Lima afirma que possui 30 mil seguidores e que não tem outra forma de ganhar dinheiro, a não ser fazendo publicidade, por meio de anúncios no Instagram. “Vocês têm que entender, eu tenho 30 mil seguidores e a minha ferramenta de trabalho é meu Instagram. Se uma pessoa vier me pagar para anunciar até o buraco do pri ... dela eu vou anunciar, se der dinheiro, eu vou anunciar [...] outras pessoas tem outras formas de ganhar dinheiro, esse é meu jeito”, disse Yrla Lima.

Ao final do vídeo, ela encerra fazendo a divulgação de uma nova plataforma, segundo ela, legalizada, com investimento inicial de R$ 3,00 para obtenção de R$ 10,00.

Entenda o caso

A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou a Operação Jogo Sujo II, que teve como alvos influenciadores de Teresina que utilizavam suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.

Foto: Reprodução/Instagram
Yrla Lima

Durante a apuração, verificou-se que os influenciadores digitais, que possuem um grande número de seguidores, eram contratados pelas plataformas de jogos de azar para divulgar diariamente novas oportunidades de apostas, exaltando supostos benefícios e chances de lucro.

Padrão de vida incompatível com a renda dos investigados

Os policiais constataram que os influenciadores, alvos de prisão temporária, exibiam constantemente bens de luxo, como carros, casas de alto padrão, viagens e jantares caros, criando a ilusão de que os jogos de azar são uma forma viável de se obter uma vida de luxo.

O levantamento produzido pela investigação da DRCI permitiu aos policiais evidenciar uma movimentação financeira astronômica, comparada aos ganhos auferidos de forma legal.