Uma jovem estudante universitária, de 24 anos, formalizou uma denúncia de estupro na 9ª Promotoria de Justiça Militar de Teresina, contra o coronel da Polícia Militar do Piauí , Ricardo Pires de Almeida , que foi preso na manhã desta quinta-feira (31). Segundo a jovem, o caso ocorreu quando ela tinha 10 anos de idade.
O GP1 obteve acesso à denúncia, onde a vítima relata detalhes da situação ocorrida no ano de 2010, na própria residência do oficial da Polícia Militar, em Teresina.
A vítima contou que tinha ido com seus pais a um restaurante na capital, juntamente com o coronel Ricardo, a esposa e os três filhos dele. Ao final do dia, ela narrou que foi dormir no apartamento do coronel, pois era amiga das filhas dele, todas crianças à época.
Já na madrugada, ela relatou que estava dormindo no quarto das filhas do coronel, quando ela acabou acordando e o viu ajoelhado ao seu lado, se masturbando por baixo do calção. Ao se deparar com a cena, ela resolveu ficar de costas e o coronel saiu do quarto. Em ato contínuo, a jovem disse que acordou a filha mais velha do coronel e pediu para deitar na mesma cama com ela, porém, passou o restante da madrugada assustada, sem conseguir dormir.
No dia seguinte, segundo consta no depoimento, o coronel Ricardo a abordou, procurando saber como ela estava, mas ela desconversou e foi embora no decorrer do dia.
Denúncia será encaminhada para Justiça comum
Procurado pelo GP1 , na manhã desta quinta-feira (31), o promotor titular da 9ª Promotoria de Justiça Militar de Teresina, Assuero Stevenson, afirmou que o caso não se caracteriza como crime militar e todo material produzido será encaminhado para a Polícia Judiciária, responsável pela investigação do caso.
Coronel foi preso no Quartel do Comando Geral
Na noite dessa quarta-feira (30), o juiz Samuel Roberto Carvalho Lima, da Central Regional de Inquérito de Picos, determinou a prisão preventiva do coronel Ricardo, atendendo a uma representação da delegada titular da Delegacia de Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis de Paulistana.
Na decisão, assinada às 22h26, o magistrado pontua que medidas cautelares diversas da prisão não são suficientes para o caso e que o crime possui todos os requisitos para a prisão preventiva.
Na manhã dessa quinta-feira (31), o coronel se apresentou ao Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, onde foi dado cumprimento à ordem judicial. Ele permanecerá preso no QCG por tempo indeterminado.
Outro lado
Procurada pelo GP1 , a defesa do coronel Ricardo afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso.