O empresário e influenciador Antônio Robson da Silva Pontes , o Robin da Carne, foi posto em liberdade na manhã desta terça-feira (15). Último alvo da Operação Jogo Sujo II a ser preso, Robin da Carne se apresentou à polícia acompanhado de advogados nessa segunda-feira (14) e, ao contrário dos demais alvos, colaborou com a Polícia Civil, repassando informações importantes para o inquérito.

Segundo o delegado Humberto Mácola , coordenador da DRCI, antes de apresentá-lo, os advogados do empresário garantiram que ele iria contribuir com as investigações e, após um depoimento que durou cerca de quatro horas, os policiais reuniram novos elementos revelados por Robin da Carne, que vão auxiliar as investigações.

Foto: Lucas Dias/GP1
Advogado Lúcio Tadeu cuida da defesa do influenciador Robin da Carne

"Ao contrário de todos os outros que foram presos, que não colaboraram e ficaram em silêncio, ele está colaborando bastante, trazendo novos elementos ao inquérito policial. Em função disso, nós analisamos as informações trazidas por ele e opinamos pela soltura, que foi determinada pelo juiz nesta manhã”, afirmou o delegado Humberto Mácola.

Robin da Carne ainda chegou a dormir na Central de Flagrantes de Teresina nessa segunda-feira (14).

Entenda o caso

A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou a Operação Jogo Sujo II, que tem como alvos influenciadores de Teresina que utilizavam suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.

Durante a apuração, verificou-se que os influenciadores digitais, que possuem um grande número de seguidores, eram contratados pelas plataformas de jogos de azar para divulgar diariamente novas oportunidades de apostas, exaltando supostos benefícios e chances de lucro.

Foto: Reprodução/Instagram
Douglas Guimarães, Brenda Raquel, Milena Pamela, Pedro Lopes (Lokinho), Yrla Lima, Letícia Ellen e Diogo Xenon

Padrão de vida incompatível com a renda dos investigados

Os policiais constataram que os influenciadores, alvos de prisão temporária, exibiam constantemente bens de luxo, como carros, casas de alto padrão, viagens e jantares caros, criando a ilusão de que os jogos de azar são uma forma viável de se obter uma vida de luxo.

O levantamento produzido pela investigação da DRCI permitiu aos policiais evidenciar uma movimentação financeira astronômica, comparada aos ganhos auferidos de forma legal.