O influenciador digital Itallo Bruno , preso na última sexta-feira (12), durante a Operação Jogo Sujo , deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), foi solto pela Justiça nesta segunda-feira (22). Além dele, foram soltos a mãe, o pai e a irmã do influencer.
A informação foi confirmada ao GP1 pelo advogado Lucas Villa, que representa a defesa de Itallo Bruno. Segundo o advogado, uma coletiva de imprensa deve ser realizada nesta terça (23) para maiores esclarecimentos.
Outros quatro investigados também tiveram a prisão preventiva revogada, o pai de Itallo, Valdir Sousa e Silva; a mãe do influenciador, Lucilene Nunes de Sousa; Samia Camila Nunes e Silva, irmã de Itallo; e Vinicius Alves da Silva Barbosa.
Operação Jogo Sujo
Itallo Bruno foi preso pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) com mais 12 pessoas, incluindo familiares, que tiveram os nomes revelados em primeira mão pelo GP1 : Lucas Soares Campos de Carvalho; Samia Camila Nunes e Silva (irmã de Itallo); Thales Victor Costa; Lucilene Nunes de Sousa (mãe de Samia e Itallo); Valdir Sousa e Silva (pai de Itallo); Kelton Douglas da Silva Moura; Rikelme de Franca Silva Soares Moura; Leticia Evellyn dos Santos Carneiro (ex-namorada de Itallo); Marcos Victor Pereira Silva; José Phablo Rangel Oliveira dos Santos; Israel Veloso da Silva e Vinícius Alves da Silva Barbosa. Todos eles são acusados dos crimes de promoção ilegal de jogos de azar, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, Itallo Bruno possui registro societário no ramo de comércio de peças e acessórios para motocicletas e motonetas e é reincidente em PLD (Prevenção em Alerta de Lavagem de Dinheiro). “O delegado investigante mencionou que foi solicitado ao COAF um Relatório de Inteligência Financeira (RIF), no qual foi identificado um mar de possíveis irregularidades com movimentações financeiras claramente incompatíveis com a renda declarada de Itallo Bruno”, diz trecho do relatório da investigação.
Foi constatado que o influencer movimentou mais de R$ 4 milhões nos últimos 6 meses (desde a primeira incidência de PLD), sendo que os recursos foram recebidos majoritariamente da conta de uma empresa atuante como intermediadora de pagamentos, além de duas pessoas físicas sem registro profissional ou societário informado.
Há também pagamentos expressivos via cartão de débito, com características de uso para fins pessoais. Ao realizar consulta ao Ministério da Fazenda, acerca da legalidade dos jogos praticados por Itallo Bruno, a polícia foi informada que ele não possuía qualquer autorização para a realização de jogos de azar.
Lavagem de dinheiro
Conforme a investigação, foram identificadas pessoas, incluindo parentes de Itallo, como destinatários das movimentações e consequente lavagem de dinheiro obtido de maneira ilícita.
Ligação com o Bonde dos 40
A investigação apontou ainda movimentações financeiras com José Phablo Rangel Oliveira dos Santos, membro da facção Bonde dos 40.