Pesquisadores do Laboratório de Ictiologia, da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), publicaram pesquisa sobre a invasão do peixe leão no Piauí, uma espécie venenosa que ameaça o ecossistema da região. O estudo foi publicado na revista científica Peer Review e foi realizado em parceria com o Laboratório de Bioecologia Pesqueira.
Intitulado “Invasão do peixe leão, Pterois volitans (Linnaeus, 1758), em habitats estuarino e costeiro em unidade de conservação no Delta do Parnaíba”, o trabalho, que foi conduzido pela professora do curso de Engenharia de Pesca e doutora em Zoologia, Edna Cunha, elucida a mapeia a presença da espécie próximo às bombas de captação de água de fazendas de camarão.
A pesquisa levanta um alerta especialmente por conta da capacidade de adaptação da espécie, que acaba ameaçando ecossistemas e biodiversidade, e consequentemente também afeta as atividades produtivas da região. A presença do peixe leão em praias brasileiras foi registrada a partir de janeiro de 2022, no arquipélago de Fernando de Noronha e depois na praia de Barra Grande, localizada na cidade de Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí.
Considerada uma espécie venenosa, o peixe leão também pode afetar os seres humanos, especialmente por conta da toxina presente nos espinhos das nadadeiras, que podem causar dores, febre e até convulsões. Diante dessa presença na região litorânea do Piauí, a UFDPAR e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) monitoram a presença da espécie.
Orientação
Em casos de captura dos animais, é recomendado que os pescadores e mergulhadores entrem em contato com autoridades ao invés de devolvê-los ao mar.