Brunno Suênio
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o pagamento, em caráter de urgência, de R$ 1 milhão da Prefeitura de Teresina ao Setut para que o valor seja repassado aos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, que paralisaram 100% da frota nesta quinta-feira (21) na Capital.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina, Marcelino Lopes, a decisão ocorreu na manhã de hoje, durante uma audiência de conciliação entre o Setut e a Strans, finalizada por volta de 10h. “A prefeitura irá repassar uma pequena parte do que deve para as empresas até meio-dia de hoje para a que a gente possa repassar aos nossos funcionários o adiantamento do dia 20”, frisou.
O vice-presidente do Setut disse ainda que o valor de R$ 1 milhão é bem distante do que os empresários esperam receber e que a Prefeitura de Teresina não reconhece os valores reclamados pelo Setut.
“Nós temos em 2015 e 2016 R$ 8.700,00, que estão sendo discutidos; em 2017, são R$ 12 milhões e falta apurar 2018. Esse valor de R$ 9 milhões é o que a prefeitura reconhece como sendo de 2017 e o que ficou para trás ela acha de já pagou. É por isso que existe uma diferença nos cálculos que nós fazemos e que a prefeitura faz. Então, nessa reunião, ficou também acordado que nós vamos procurar um terceiro técnico para que não seja nem a minha opinião nem a sua. Vamos procurar a opinião de um técnico de fora para acabar com essa diferença, pois a matemática é uma ciência exata. Se eu tiver errado eu baixo minha cabeça e eles estiverem errados eles baixam as deles e acaba com essa querela”, completou.
Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí – Sintetro, Fernando Feijão, afirmou que assim que o dinheiro cair na conta dos trabalhadores, os ônibus voltarão a circular novamente, até lá a paralisação continua. “O que decidimos é que será feita a paralisação até que seja feito o pagamento”, explicou.
O superintendente da Strans, Carlos Daniel, não foi localizado para comentar o resultado da reunião de conciliação.
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