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Servidores públicos confirmam greve geral no estado do Piauí

“É necessário essa assembleia hoje (23), para que obedeçamos os prazos legais previstos", afirmou o vice-presidente do Sinpoljuspi ao GP1.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (MUSP), que é composto por todos os sindicatos e associações, esteve reunido, na manhã desta sexta-feira (23), no pátio externo da Assembleia Legislativa.

O MUSPI representa cerca de cem mil servidores, que repudiam veemente a tramitação e possível aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 03/16), além de projetos de leis que alteram alíquota de contribuição previdenciária de 11%, para 14%, como também outras medidas.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Assembleia na AlepiAssembleia na Alepi

O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), disse em entrevista ao GP1, que a intenção dos manifestantes hoje (23) foi confirmar a homologação do início da greve geral em todo o estado do Piauí, que deve começar na próxima terça-feira (27).

“É necessário essa assembleia hoje (23), para que obedeçamos os prazos legais previstos, a fim de que não haja depois falsas informações por parte do governo do Estado, de que não obedecemos prazos, mesmo a justiça tentando declarar ilegalidade, nós iremos manter o movimento. O objetivo do movimento é exclusivamente a retirada total da PEC, para que ela não seja votada e para que o governo esqueça dessa PEC. O próprio governador do Estado esteve em Brasília, liderando os governadores, contrariando a questão da PEC, combatendo a questão da PEC, que é a mesma, e agora aqui com a 03/16, ele tá dizendo que é salutar para o Estado do Piauí, então é uma contradição do governador, que ‘tá’ apenas defendendo o seu lado, no sentido de botar a carga das despesas, dos gastos exorbitantes feitos pelo Governo do Estado, em cima do servidor”, disse Kleiton Holanda.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Kleiton HolandaKleiton Holanda

O MUSPI repudia o fato de apenas o executivo estar inserido na PEC 03/16, mas garante que esse não é o único motivo de estarem protestando. “A gente também iria confrontar porque ela é muito prejudicial, para agora e para o futuro. Não se pode pensar em crescimento, se não fazer investimentos, e essa tendência de não fazer investimentos é justamente atrair as empresas, para privatizar o sistema público do Estado do Piauí, como vinha acontecendo ai gradativamente. Agora eles querem oficializar de uma forma mais consistente”, afirmou o vice-presidente do Sinpoljuspi.

Sobre os possíveis atos violentos praticados por policiais, na última terça-feira (21), na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Kleiton Holanda comentou: “nós não iremos aceitar a votação em hipótese nenhuma e se isso ocorrer, o governo será responsável porque no confronto, o que acontece naquele momento ali são coisas que não dar para se prever, e a gente quer o diálogo e o governo apresenta as tropas, para querer sufocar o trabalhador. O trabalhador ‘tá’ aqui querendo respeito, querendo garantias, defendendo os seus direitos. Não estamos aqui para confrontar ninguém, mas se for colocado as tropas, nós também iremos reagir”.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Servidores do Estado protestam contra medidas governamentais na AlepiServidores do Estado protestam contra medidas governamentais na Alepi

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