Os novos advogados de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entraram nesta segunda-feira, 22, com um pedido para que o senador seja ouvido sobre o suposto esquema de ‘rachadinhas’ em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Luciana Pires e Rodrigo Roca informaram que protocolaram o pedido junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro para que Flávio possa ‘prestar esclarecimentos’ sobre os fatos.
Com a saída de Frederick Wassef do caso, após o ex-assessor Fabrício Queiroz ter sido preso em sua casa em Atibaia, no interior de São Paulo, a dupla assumiu a defesa do senador na investigação sobre os supostos desvios de salários de funcionários da Alerj.
A iniciativa indica uma mudança na estratégia adotada pela defesa até aqui. Antes disso, em dezembro de 2018, o Ministério Público já havia convocado Flávio a depor, mas o senador não se apresentou diante dos promotores e passou a entrar com uma série de recursos questionando a investigação e pedindo o arquivamento do caso.
O primeiro foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal e defendia o direito ao foro junto ao STF, uma vez que Flávio havia sido eleito ao Senado. O recurso acabou negado pelo ministro Marco Aurélio Mello.
Depois disso, a defesa de Flávio passou a apontar irregularidades, segundo os advogados, nos relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificaram movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz e arrastaram o então deputado para o centro da investigação criminal. O recurso também acabou negado pelo STF no final do ano passado.
Na próxima quinta-feira, 25, a Justiça do Rio vai julgar um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do senador em março. Caso a maioria dos cinco desembargadores da 3ª Câmara Criminal concorde com os argumentos dos advogados, todas as medidas cautelares adotadas no caso da ‘rachadinha’, incluindo as quebras de sigilo e a prisão de Fabrício Queiroz, podem ser anuladas.
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