A Procuradoria Geral da República ingressou, nesta quinta-feira (1º), com um novo pedido de prisão do suplente de deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no Supremo Tribunal Federal (STF). O novo pedido foi feito porque o peemedebista é alvo do mesmo inquérito ao qual responde Michel Temer – o presidente só pode ser investigado com autorização do STF.
Rocha Loures foi filmado pela Polícia Federal saindo de um restaurante em São Paulo com uma mala com R$ 500 mil em propina que recebeu da empresa JBS, segundo delação de Joesley Batista à PGR.
Ex-assessor especial de Michel Temer, Loures vinha exercendo o mandato de deputado porque Osmar Serraglio (PMDB-PR) estava ocupando o cargo de ministro da Justiça. Após a saída do ministério, Serraglio voltou à Câmara e Loures, à condição de suplente.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRocha Loures
O pedido de prisão anterior da PGR foi negado, no último dia 22, pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, sob o argumento de que Rocha Loures estava no exercício de mandato, e a Constituição proíbe a prisão de parlamentar (a não ser em flagrante).
Na ocasião, Fachin afirmou que os indícios em relação a Loures eram fortes e que a prisão era imprescindível, mas a imunidade parlamentar do então deputado não permitia atender ao pedido. Como Rocha Loures voltou para à suplência, Rodrigo Janot refez o pedido.
Embora o ministro Edson Fachin tenha negado o primeiro pedido de prisão, ele já tinha determinado anteriormente o afastamento de Rocha Loures do mandato parlamentar – ou seja, ele continuava deputado, mas não podia exercer as funções do mandato.
Michel Temer e Rocha Loures são suspeitos de organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça. Segundo as investigações, Rocha Loures seria "homem de confiança" do presidente no relacionamento com empresas e recebimento de propinas.
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