A prefeita de Altos, Patrícia Leal (PT), que foi reeleita com 70,48% dos votos válidos, está disputando a presidência da Associação Piauiense dos Municípios (APPM). Outro petista, o prefeito de São João do Piauí, Gil Carlos, também disputa a presidência.
Questionada sobre a possibilidade de entrar em um acordo com Gil Carlos, a prefeita deixou claro que não irá desistir da disputa. “Na eleição passada, coloquei meu nome e tinha mais dois prefeitos ligados ao governador. Então eram três pessoas ligadas ao governador. O amigo de Campo Maior estava na reeleição e pediu que eu retirasse [minha candidatura], pois era seu último mandato. Então retirei minha candidatura, naquele momento, para ajudar o companheiro Paulo Martins, mas agora eu não vou retirar porque eu tive esse gesto na eleição passada e agora tenho muito que contribuir na APPM”, disse.
Com dois petistas na disputa, ela afirmou que o governador Wellington Dias (PT) já comunicou que não irá se envolver. “Tem o Gil que é candidato também do PT e acho que é um direito dele colocar sua candidatura. O governador já me disse que não irá se meter nem na minha candidatura e nem na dele [Gil Carlos]. Eu sou do PT e ele também, então o governador não tem porque escolher um ou outro. Quem usar o nome do governador para dizer que ele está apoiando, não está falando com a verdade”, afirmou a prefeita.
- Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Patrícia Leal, prefeita de Altos
Ela afirma já ter o apoio de 70 prefeitos e que sua candidatura tem sido vista de forma positiva. “Nossa candidatura hoje é consolidada e com o apoio de muita gente boa. Estão me avaliando de forma muito positiva, principalmente por estar próxima a Teresina, além do fato de ser uma mulher e pelas minhas propostas. [Os prefeitos] Estão tomando como base, o fato de eu ter mostrado que fui uma boa gestora no meio de tanta crise. Um bom gestor não é quando se tem muito dinheiro não. Com muito dinheiro todo mundo é bom gestor. Agora nas dificuldades, quando se constrói e faz investimentos isso sim é ser um bom gestor. Altos é bem avaliada, sendo que fui eleita com mais de 70% dos votos, com quase 80% de aprovação e eleita com 10 mil votos de maioria do segundo colocado, isso me credencia a ser candidata a presidência da APPM”, pontuou.
Propostas
Patrícia Leal afirmou que uma das suas principais propostas é fazer com que a APPM fique cada vez mais próxima dos prefeitos, já que ela passou por algumas dificuldades na sua gestão, onde acredita que a associação poderia ter sido mais eficiente.
“Ser candidata a presidente nasceu até de uma dificuldade como prefeita, que passei no primeiro mandato. Senti muita ausência da APPM junto a prefeitos e prefeitas, então o que nós queremos é exatamente aproximar. Tentar buscar alternativas para os problemas. Se o problema existe e nós não podemos resolver, temos que buscar formas de minimizar. Por exemplo, temos problemas sérios no nosso estado que é a seca. Que castiga e assola muitos dos nossos municípios. Imagina o sofrimento dos prefeitos com isso. Não vejo nenhuma ação efetiva da APPM nesse sentido. Agora mesmo estamos sofrendo com tantas queimadas e não vejo nenhuma ação. A crise financeira que é terrível e também não tem ação. O que queremos é que os prefeitos se sintam acolhidos, que tenham alguém que brigue por eles, que se importe com os problemas deles”, destacou.
Uma das propostas dela é criar subsedes da associação, que teria uma equipe de assessoria jurídica para ajudar os prefeitos. “Pensamos em criar as subsedes em algumas regiões, que seriam em Floriano, Picos, uma no extremo sul e uma em Brasília, pois é importantíssimo. No primeiro ano do meu mandato me senti totalmente perdida em Brasília, não sabia pra que lado ia. Essas são dificuldades que encontrei e que precisam ser vistas” destacou.
- Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Patrícia Leal
Patrícia Leal acredita que a sua proximidade com a capital é outro ponto positivo, pois está próximo à sede. “Acho que a APPM precisa de um presidente que seja próximo da capital. Altos fica a 30 minutos de Teresina. Eu posso quase que diariamente estar na APPM e na minha cidade, então tem como dar uma assistência maior. Como a maioria dos presidentes eram do extremo sul, a APPM ficou meio jogada de lado. Os prefeitos têm suas administrações para tocar e acho que isso é positivo para a nossa candidatura. Acho que o fato de eu ser mulher, sem desmerecer os homens que passaram por lá, acaba contribuindo também. Eu acho que nesse momento a associação está precisando de um toque feminino, mais aguerrido, principalmente que faça um choque de gestão e que realmente coloque para funcionar em prol dos prefeitos do Piauí”, pontuou.
Mandato
A prefeita fez um balanço do seu mandato, com as principais ações. “Nós fizemos muito e ainda temos mais para fazer. Cavamos quase 60 poços tubulares em Altos, fizemos muito calçamento e asfalto, quase 700 casas populares, duas creches padrão FNDE, todas comportam 150 crianças, reformamos mais de 30 escolas das 60 que encontramos, fizemos 7 unidades básicas de saúde, fizemos uma academia de saúde, reformamos o hospital que encontrei em um estado deplorável. Sinalizamos a avenida principal de Altos, revitalizamos praças e avenidas e queremos fazer mais, como revitalizar a praça Matriz da Igreja e queremos trazer mais calçamento. Altos é muito carente de calçamento. Temos a nossa Rodoviária, que é um desejo antigo meu, que era pra ter saído nesse meu primeiro mandato, mas por questão burocrática emperrou, mas nesse segundo mandato nós vamos conseguir, se Deus quiser. Muito foi feito e mais vamos fazer”, finalizou.
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