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Policiais civis protestam contra reforma da Previdência na Alepi

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior, acusou o governador Wellington Dias de querer “empurrar goela abaixo” a reforma sem conversar com as cat

Na manhã desta segunda-feira (9) policiais civis se concentraram na frente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para protestar contra o regime de urgência aprovado pelos deputados para votação da reforma da previdência encaminhada pelo Governo do Estado. A proposta visa uma adequação do Regime próprio de Previdência do Piauí à Emenda Constitucional de número 103/2019, trazendo para a Constituição Estadual os mesmos moldes e disposições da emenda à Constituição Federal.

Em entrevista ao GP1 o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior, acusou o governador Wellington Dias (PT) de querer “empurrar goela abaixo” a reforma sem conversar com as categorias.


  • Foto: Alef Leão/GP1Protesto na AlepiProtesto na Alepi

“Sabemos que a aprovação da PEC 103 de fato traz prejuízo para os trabalhadores, em especial para os servidores públicos de todas as esferas, mas não é pelo fato dessa PEC trazer prejuízo para nós servidores que o governo vá querer aprovar as reformas previdenciárias da mesma forma que aprovaram lá em Brasília, sem fazer essa discussão com os servidores. Podemos melhorar e muito essa proposta”, declarou.

  • Foto: Alef Leão/GP1Manifestante na AlepiManifestante na Alepi

Constantino falou ainda sobre a diferença entre policiais civis e militares na reforma. “O presidente Bolsonaro que tinha um compromisso com os servidores da Segurança Pública, ele pegou os policiais do Brasil, que entra federal, rodoviária federal, policiais civis estaduais, agentes penitenciários e jogou na lata do lixo quando comparada à proposta dos policiais militares e bombeiros. Policial militar e bombeiro recebe integridade e paridade, é isso que nós estamos brigando’, continuou.

Segundo presidente do Sinpolpi os policiais militares se aposentam com o valor integral enquanto os policiais civis sofrem perdas. “Se você pega um policial militar que ganha R$ 10 mil e um civil que também ganha R$ 10 mil, o militar se aposenta com R$10 mil e se morrer a pensionista fica com os mesmos R$ 10 mil. Já o policial civil, quando se aplica esse cálculo previdenciário, ele ganhava R$ 10 mil e na inatividade vai ganhar R$ 5 mil. Morrendo, a pensionista vai ganhar R$ 2,5 mil. Isso é um absurdo. Acabaram com o trabalhador, arrebentaram o trabalhador”, finalizou.

  • Foto: Alef Leão/GP1Teresa BrittoTeresa Britto

A deputada estadual, Teresa Britto (PV), cobrou o fim do regime de urgência da matéria e pediu que o governador Wellington Dias discuta as modificações com as categorias. A parlamentar destacou a insistência da oposição para barrar a proposta.

“O que nós estamos querendo é derrubar esse regime de urgência, deixar para votar a partir de fevereiro, discutir com todas as categorias, fazer as emendas necessárias para que os servidores públicos do estado do Piauí, bem como os pensionistas e aposentados não venham a ter um prejuízo enorme que está nesse momento com essa PEC, que se nós não estivéssemos feito essas medidas todas desde o plenário cobrando audiência pública, o governador já tinha aprovado”, disparou a parlamentar.

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