Na tarde desta terça-feira (31), o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Barêtta, cumpriu mandado de prisão contra o namorado de Camilla Abreu. O capitão da PM Allisson Wattson teria atirado no rosto da jovem após terem relação sexual dentro do veículo. A prisão foi decretada pelo juiz Luis Moura.
De acordo Barêtta, Allisson informou onde se encontra o corpo da jovem. “Ele já está preso e o corpo já foi localizado. Estou me dirigindo ao local. Ali no povoado Mucuim, depois da Polícia Rodoviária Federal. Estou levando a perícia”, afirmou. A localidade fica depois do posto da Polícia Rodoviária Federal, na saída para a cidade de Altos, na BR 343.
- Foto: Instagram/Allisson WattsonAllisson Wattson
Há indícios de que a estudante tenha falecido apenas com um tiro no rosto, como contou o namorado. O corpo da jovem foi jogado em um matagal a uma distância de aproximadamente 15 metros de uma estradinha de chão, que dá acesso a um sítio de propriedade do capitão.
Foi expedido ainda um mandado de busca e apreensão do veículo do policial, que passou por uma série de descaracterizações a fim de ocultar provas do crime. Ao contrário do que Allisson havia informado à polícia, o automóvel modelo Corolla não foi vendido e está escondido na casa de parentes.
Entenda o caso
A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu na última quinta-feira (26). Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro da jovem.
A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações.
- Foto: Facebook/Camilla AbreuCamilla Abreu
O capitão foi visto, na manhã do último sábado (28), em um posto de lavagem às margens do Rio Parnaíba, a fim de lavar seu carro sujo de sangue. Allisson disse ao lavador de carros que o sangue era decorrente de pessoas acidentadas que ele havia socorrido.
Na tentativa de ocultar as provas do crime, o capitão trocou o estofado do veículo e tentou vendê-lo na cidade de Campo Maior, mas não conseguiu pelo forte cheiro de sangue que permanecia no carro.
Durante investigação, a polícia quis periciar o carro, mas Allisson disse ter vendido o veículo, mas não lembrava para quem.
No início da manhã desta terça-feira (31), o delegado Francisco Costa, o Barêtta, confirmou a morte da jovem.
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