O delegado da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária e as Relações de Consumo (DECCOTERC), João José Pereira, mais conhecido como JJ, informou em entrevista ao GP1, na manhã desta terça-feira (21), que a Polícia Civil está investigando o cabo Agnaldo Oliveira, presidente da Associação dos Cabos e Soldados do Piauí (Abecs), suspeito de cometer crime de agiotagem dentro da associação em que ele faz parte.
- Foto: Thais Sousa/ GP1Delegado JJ
“Existe uma denúncia na delegacia contra a diretoria da Abrespom - Associação Beneficente das Esposas dos Reformados e Pensionistas da Polícia Militar do Piauí - da qual é presidida pela esposa do cabo Aguinaldo e Contabex. Essas duas associações estão sendo investigadas por nós, que envolve a denúncia de associados, e por determinação do Secretário [de Segurança Pública, Fábio Abreu] nós estamos apurando há três, quatro meses. E hoje eles vão ser ouvidos”, disse o delegado.
- Foto: Thais Sousa/ GP1Delegado JJ conferindo o processo do ex-cabo
Conforme o delegado JJ, as investigações iniciaram quando a polícia recebeu informações que a Abrespom realizava financiamentos ilegais. “A Abrespom empresta dinheiro para o sócio em uma atividade financeira, o que não pode. E pelas investigações, esse dinheiro tem origem da Abecs, por que até dezembro, a Abrespom não tinha sócio contribuinte e não tendo sócio contribuinte, ela não tinha capital de giro. Significa dizer que o dinheiro vinha da Abecs, que tem capital de giro. A Abecs não empresta dinheiro, ela é a Associação de Soldados,ela transfere o dinheiro para a Abrespom, que faz a lavagem do dinheiro”, informou.
Além disso, o delegado relatou que a suspeita inicial é de agiotagem, porém, outros delitos serão apurados. O presidente da Abecs, cabo Agnaldo, a esposa Olívia Tangneth, presidente da Abrespom, e a filha do casal, secretária da associação foram intimados para prestarem depoimento na DECCOTERC.
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