Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO, através da Secretaria de Segurança Pública, deflagraram na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Veritas, com finalidade de desarticular uma organização criminosa que tentou fraudar o concurso do Tribunal de Justiça e o da prefeitura de Capitão de Campos no final do ano passado. Entre os envolvidos estão advogados, policiais civis, agentes penitenciários e um agente do Departamento Municipal de Trânsito de Timon.
Confira abaixo a relação dos presos até o momento
De acordo com o delegado geral, Riedel Batista, servidores públicos participaram do esquema. “Infelizmente policiais civis e agentes penitenciários estão envolvidos nessa organização criminosa. Alguns deles já estão presos”, garantiu o delegado.
O presidente também criticou a atuação da Polícia Civil, que não comunicou previamente a Ordem dos Advogados. “A OAB deve ser comunicada previamente e eles não comunicaram. Então, viemos fazer esse questionamento e solicitar que a partir de agora, a OAB seja comunicada previamente, para que um representante dela se faça presente na condução ou na prisão de um advogado”, pontuou.
O Coordenador do GRECO, delegado Carlos César, afirmou que foram presos um policial civil e dois agentes penitenciários. Além deles, houve ainda a condução coercitiva de um Analista do Ministério Público Estadual. “O policial e os agentes estão presos, já o analista foi conduzido para prestar esclarecimentos sobre as investigações, que apuram a tentativa de fraude no concurso do Tribunal de Justiça”, informou o delegado ao GP1.
A operação dá cumprimento a mandados expedidos pelos Juízes de Direito, Luiz de Moura Correa, da Central de Inquéritos de Teresina, e Silvio Valoais da Cruz Júnior, das Comarcas de Piripiri e Capitão de Campos.
Como funcionava o esquema
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí divulgou um organograma sobre o funcionamento da organização criminosa. O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO, delegado Carlos César, explicou que oito pessoas integravam o núcleo da associação, responsáveis por esquematizar a fraude com os candidatos interessados.
De acordo com o delegado, um aluno de medicina se inscreveu no concurso do Tribunal de Justiça para realizar a prova na data marcada e, ainda durante a aplicação, se responsabilizava por respondê-la, encaminhado o resultado do gabarito para o núcleo do esquema.
“Ele [aluno de medicina] fazia a prova, saia antes do horário marcado para o final da prova, repassava o gabarito para os organizadores da fraude e, esses, encaminhavam mensagens de texto para os celulares dos candidatos que pagaram por aquele gabarito, ou seja, o candidato compra um gabarito feito por uma pessoa mais inteligente que ele, isso é que é a verdade”, explicou o delegado.
Segurança
Ainda de acordo com o delegado, os candidatos utilizavam roupas com bolsos, onde os celulares não eram detectados, próximos às partes íntimas. “Têm esconderijos em calças jeans que dá para esconder os celulares. Alguns aparelhos burlam detectores de metal, que são comprados no Paraguai, aparelhos com pouco metal, que burlando isso”, detalhou.
Participação de servidores públicos
O coordenador do GRECO confirmou a participação de servidores públicos de várias áreas, que foram presos e, alguns, que ainda estão sendo investigados e foram conduzidos coercitivamente para prestarem depoimentos à Polícia Civil.
“Nós temos alguns servidores presos, um escrivão de polícia civil, dois agentes penitenciários. Temos pessoas do Corpo de Bombeiros conduzidas; uma agente da Strans presa e alguns funcionários do Ministério Público que estão sendo conduzidos (condução coercitiva). Então nós temos uma gama de servidores públicos que estão sendo investigados ou presos”, pontuou.
Atuação em outros estados
Sobre a ramificação da organização criminosa em outros estados, o delegado afirmou ainda que os integrantes estão sendo investigados na participação de alguns concursos, como do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e Secretaria de Educação do Maranhão. “Há indícios de eles terem fraudado concursos em outros estados, principalmente no Maranhão e de concursos de prefeituras municipais”, frisou.
Fraude em diplomas
Durante as investigações, o coordenador do GRECO afirmou que três pessoas foram identificadas como integrantes de um grupo especializado em produzir diplomas falsos, que poderiam ser utilizados para posterior comprovação em concursos. “Eles vendiam certificados de conclusão de cursos e de pós-graduação, especialmente na área de educação. Eles são ligados a uma faculdade e foram presos em Piripiri”, concluiu.
*Com informações da repórter Priscila Caldas
Imagem: DivulgaçãoAlvos da Operação Veritas
Confira abaixo a relação dos presos até o momento
Imagem: Divulgação Presos na Operação Veritas
De acordo com o delegado geral, Riedel Batista, servidores públicos participaram do esquema. “Infelizmente policiais civis e agentes penitenciários estão envolvidos nessa organização criminosa. Alguns deles já estão presos”, garantiu o delegado.
Imagem: Lucas Dias/GP1Riedel Batista
O presidente da OAB, Chico Lucas, confirmou também a prisão de dois advogados. “Estamos aqui, porque dois advogados foram presos e eu quero saber se eles foram conduzidos dentro dos ditames legais. Agora a questão do concurso, vamos analisar com cuidado e vamos analisar também, todas as ações da polícia, se por acaso a fraude for confirmada, vamos conversar com o Tribunal”, explicou.O presidente também criticou a atuação da Polícia Civil, que não comunicou previamente a Ordem dos Advogados. “A OAB deve ser comunicada previamente e eles não comunicaram. Então, viemos fazer esse questionamento e solicitar que a partir de agora, a OAB seja comunicada previamente, para que um representante dela se faça presente na condução ou na prisão de um advogado”, pontuou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Delegado Gereal Riedel Batista e o Presidente da OAB, Chico Lucas
Uma equipe do GRECO está em campo para cumprir 37 mandados de prisão, 46 de condução coercitiva e 34 de busca e apreensão. Um adolescente também deve ser apreendido. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Teresina, Capitão de Campos e Piripiri.O Coordenador do GRECO, delegado Carlos César, afirmou que foram presos um policial civil e dois agentes penitenciários. Além deles, houve ainda a condução coercitiva de um Analista do Ministério Público Estadual. “O policial e os agentes estão presos, já o analista foi conduzido para prestar esclarecimentos sobre as investigações, que apuram a tentativa de fraude no concurso do Tribunal de Justiça”, informou o delegado ao GP1.
A operação dá cumprimento a mandados expedidos pelos Juízes de Direito, Luiz de Moura Correa, da Central de Inquéritos de Teresina, e Silvio Valoais da Cruz Júnior, das Comarcas de Piripiri e Capitão de Campos.
Como funcionava o esquema
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí divulgou um organograma sobre o funcionamento da organização criminosa. O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO, delegado Carlos César, explicou que oito pessoas integravam o núcleo da associação, responsáveis por esquematizar a fraude com os candidatos interessados.
De acordo com o delegado, um aluno de medicina se inscreveu no concurso do Tribunal de Justiça para realizar a prova na data marcada e, ainda durante a aplicação, se responsabilizava por respondê-la, encaminhado o resultado do gabarito para o núcleo do esquema.
“Ele [aluno de medicina] fazia a prova, saia antes do horário marcado para o final da prova, repassava o gabarito para os organizadores da fraude e, esses, encaminhavam mensagens de texto para os celulares dos candidatos que pagaram por aquele gabarito, ou seja, o candidato compra um gabarito feito por uma pessoa mais inteligente que ele, isso é que é a verdade”, explicou o delegado.
Segurança
Ainda de acordo com o delegado, os candidatos utilizavam roupas com bolsos, onde os celulares não eram detectados, próximos às partes íntimas. “Têm esconderijos em calças jeans que dá para esconder os celulares. Alguns aparelhos burlam detectores de metal, que são comprados no Paraguai, aparelhos com pouco metal, que burlando isso”, detalhou.
Participação de servidores públicos
O coordenador do GRECO confirmou a participação de servidores públicos de várias áreas, que foram presos e, alguns, que ainda estão sendo investigados e foram conduzidos coercitivamente para prestarem depoimentos à Polícia Civil.
“Nós temos alguns servidores presos, um escrivão de polícia civil, dois agentes penitenciários. Temos pessoas do Corpo de Bombeiros conduzidas; uma agente da Strans presa e alguns funcionários do Ministério Público que estão sendo conduzidos (condução coercitiva). Então nós temos uma gama de servidores públicos que estão sendo investigados ou presos”, pontuou.
Atuação em outros estados
Sobre a ramificação da organização criminosa em outros estados, o delegado afirmou ainda que os integrantes estão sendo investigados na participação de alguns concursos, como do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e Secretaria de Educação do Maranhão. “Há indícios de eles terem fraudado concursos em outros estados, principalmente no Maranhão e de concursos de prefeituras municipais”, frisou.
Fraude em diplomas
Durante as investigações, o coordenador do GRECO afirmou que três pessoas foram identificadas como integrantes de um grupo especializado em produzir diplomas falsos, que poderiam ser utilizados para posterior comprovação em concursos. “Eles vendiam certificados de conclusão de cursos e de pós-graduação, especialmente na área de educação. Eles são ligados a uma faculdade e foram presos em Piripiri”, concluiu.
Imagem: Lucas Dias/GP1Carlos César
Imagem: Divulgação/PCOperação Veritas
Imagem: Divulgação/PC Mandados de prisão estão sendo cumpridos
Imagem: Lucas Dias/GP1Sede da Acadepol
Imagem: Lucas Dias/GP1Movimentação em frente a Acadepol
Imagem: Lucas Dias/GP1Diligências da Polícia Civil na Operação Veritas
Imagem: Lucas Dias/GP1Academia de Polícia
Imagem: Lucas Dias/GP1Policiais do Greco
*Com informações da repórter Priscila Caldas
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