A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (21), diligências no Senado na Operação Métis. De acordo com informações do Estadão, quatro policiais legislativos foram presos por suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e em outras ações da PF.
A Justiça Federal determinou a suspensão do exercício da função pública dos policiais do Senado envolvidos. Um dos alvos da operação é o chefe da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Araújo. Ele e seus subordinados foram pegos em ações de contrainteligência para ajudar senadores alvo de investigações da Procuradoria-Geral da República.
Nove mandatos judiciais estão sendo cumpridos em Brasília/DF, sendo quatro de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, um deles nas dependências da Polícia do Senado. Os mandados foram expedidos pela 10º Vara Federal do Distrito Federal. Segundo a PF, não estão sendo cumpridos mandatos em residências ou gabinetes de parlamentares.
- Foto: Andressa Anholete/Estadão ConteúdoPlenário do Senado
“Foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo Diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência”, disse a PF em nota. Para a polícia, o diretor da Polícia do Senado “ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador”.
Os investigados devem responder pelos crimes de associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 44 anos e seis meses de prisão, além de multa. Batizada de Métis, o nome da operação faz referência à Deusa da proteção, com a capacidade de antever acontecimentos.
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