Em entrevista ao Portal GP1, o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI, Carlos Edilson, falou sobre o caso da gestante que teve a filha prematura e a criança acabou morrendo por falta de vaga na UTI Neonatal.
Carlos disse que houve negligência por parte do plano de saúde, mas que ainda é muito cedo para apontar os culpados. “A priori é algo irresponsável dizer o nome de um culpado, mas é claro que o plano de saúde tem responsabilidade no caso. A pessoa paga o plano de saúde para ter acesso aos serviços”, afirmou.
Humana Saúde
O Portal GP1 ligou para o celular do Dr. José Cerqueira Dantas, diretor-presidente da Humana Saúde, mas não atendeu às ligações. Em contato com o plano Humana Saúde, a atendente pediu que o portal ligasse para a assessoria de imprensa.
A Ícone Comunicação, responsável pela assessoria do plano, foi procurado pelo GP1 na manhã de segunda-feira (15) e ficou de enviar uma nota sobre o caso, mas até a publicação da reportagem a nota ainda não havia sido enviada.
Uma funcionária do Grupo Medimagem, que não quis se identificar, contou ao Portal GP1 que Dantas está em viagem pela Europa.
Entenda o caso
Samia Leonice denunciou ao Portal GP1 a dificuldade para encontrar uma UTI neonatal para sua filha que nasceria prematura e necessitaria de uma UTI para que tivesse chance de sobreviver. Sâmia contou que na manhã de sexta-feira (12) deu entrada na maternidade de Santa Fé após sua bolsa estourar aos 7 meses de gestação.
O médico que atendeu Sâmia disse que sua filha precisaria de uma UTI neonatal assim que nascesse e que a maternidade estava com os 10 leitos ocupados. "O médico disse que não se responsabilizaria por que a clínica estava sem vaga e a bebê iria precisar".
Ao chegar na Evangelina, a médica disse que o parto seria normal e que a maternidade também não possuía de vaga na UTI neonatal. “A médica que me recebeu disse que eu não podia voltar pra Santa Fé, que já que havia sido transferida, eu teria que ficar. Passei a noite sentido dor, contração e a médica dizia que eu não estava sentindo dor”, relatou.
A filha de Samia nasceu por volta das 6 horas da manhã de sábado (13) com 1.5 kg. “Ainda colocaram ela em cima de mim, ela tava viva, eu ouvi ela chorando”, lembrou.
“Meu marido ainda foi até a Santa Fé para falar com o diretor e surpreendentemente tinha vaga, como que surge uma vaga do dia pra noite? Mas, quando ele ligou para a Evangelina a minha filha já estava morta”, disse.
Sâmia disse que não vai deixar de ir atrás dos seus direitos: “Eu vou atrás, quero saber quem são os culpados, minha filha teria chance de sobreviver se tivesse uma vaga na UTI assim que a minha bolsa estourou”, disse revoltada.
Sâmia também quer que o plano de saúde seja responsabilizado. “Eu pago plano de saúde para ter direito aos serviços. Eu ainda cheguei a ligar para o [plano] humana saúde na sexta-feira, mas a atendente disse que eles não poderiam fazer nada e que só o médico poderia resolver”, contou.
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Carlos disse que houve negligência por parte do plano de saúde, mas que ainda é muito cedo para apontar os culpados. “A priori é algo irresponsável dizer o nome de um culpado, mas é claro que o plano de saúde tem responsabilidade no caso. A pessoa paga o plano de saúde para ter acesso aos serviços”, afirmou.
Imagem: Francyelle Elias/ GP1Carlos Edilson, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos
De acordo com Carlos Edilson, o primeiro passo agora é registrar um Boletim de Ocorrência para que o caso seja investigado. “É preciso verificar o prontuário da paciente para ver o que fizeram e o que deixaram de fazer por ela e pelo bebê, por que o plano de saúde deveria oferecer a UTI para ela”, disse.Humana Saúde
O Portal GP1 ligou para o celular do Dr. José Cerqueira Dantas, diretor-presidente da Humana Saúde, mas não atendeu às ligações. Em contato com o plano Humana Saúde, a atendente pediu que o portal ligasse para a assessoria de imprensa.
A Ícone Comunicação, responsável pela assessoria do plano, foi procurado pelo GP1 na manhã de segunda-feira (15) e ficou de enviar uma nota sobre o caso, mas até a publicação da reportagem a nota ainda não havia sido enviada.
Uma funcionária do Grupo Medimagem, que não quis se identificar, contou ao Portal GP1 que Dantas está em viagem pela Europa.
Entenda o caso
Samia Leonice denunciou ao Portal GP1 a dificuldade para encontrar uma UTI neonatal para sua filha que nasceria prematura e necessitaria de uma UTI para que tivesse chance de sobreviver. Sâmia contou que na manhã de sexta-feira (12) deu entrada na maternidade de Santa Fé após sua bolsa estourar aos 7 meses de gestação.
O médico que atendeu Sâmia disse que sua filha precisaria de uma UTI neonatal assim que nascesse e que a maternidade estava com os 10 leitos ocupados. "O médico disse que não se responsabilizaria por que a clínica estava sem vaga e a bebê iria precisar".
Imagem: Francyelle Elias/ GP1Maternidade Evangelina Rosa
"Eu passei o dia todo e à noite o médico me disse que na Evangelina Rosa tinha vaga e que a médica estava me esperando para fazer o parto cesárea, aí eu disse que já que lá tinha vaga eu iria", contou. Sem disponibilizar ambulância para fazer a transferência da paciente, Sâmia teve que se deslocar até a Evangelina Rosa no carro do próprio marido acompanhada apenas de uma técnica de enfermagem.Ao chegar na Evangelina, a médica disse que o parto seria normal e que a maternidade também não possuía de vaga na UTI neonatal. “A médica que me recebeu disse que eu não podia voltar pra Santa Fé, que já que havia sido transferida, eu teria que ficar. Passei a noite sentido dor, contração e a médica dizia que eu não estava sentindo dor”, relatou.
A filha de Samia nasceu por volta das 6 horas da manhã de sábado (13) com 1.5 kg. “Ainda colocaram ela em cima de mim, ela tava viva, eu ouvi ela chorando”, lembrou.
“Meu marido ainda foi até a Santa Fé para falar com o diretor e surpreendentemente tinha vaga, como que surge uma vaga do dia pra noite? Mas, quando ele ligou para a Evangelina a minha filha já estava morta”, disse.
Sâmia disse que não vai deixar de ir atrás dos seus direitos: “Eu vou atrás, quero saber quem são os culpados, minha filha teria chance de sobreviver se tivesse uma vaga na UTI assim que a minha bolsa estourou”, disse revoltada.
Sâmia também quer que o plano de saúde seja responsabilizado. “Eu pago plano de saúde para ter direito aos serviços. Eu ainda cheguei a ligar para o [plano] humana saúde na sexta-feira, mas a atendente disse que eles não poderiam fazer nada e que só o médico poderia resolver”, contou.
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